Imagino que muita gente das gerações Z e Alfa deve ter visto o Rodriguinho pela primeira vez no Big Brother. Mas ele antes de ser o Rodriguinho do BBB ele foi o Rodriguinho dos Travessos.
Aí no BBB, se deparam com um homem de 45 anos, fora de forma, com o saco mais cheio do que vazio, politicamente incorreto, com o foda-se ligado e sem conta no TikTok. Rodriguinho é um típico exemplar do homem dos anos 90, que não passou por nenhuma reforma (a não ser nos dentes).
É tipo um golzinho quadrado com algumas avarias na lataria. Tem muita gente que adora, é fã. Outros não querem nem de graça. Mas é inegável que fez história e marcou época. Fez muito sucesso, tem um forte legado e ainda tá rodando legal!
Por muito tempo ele foi conhecido como “Rodriguinho dos Travessos”, carregando o nome do grupo responsável por sua ascensão no mercado fonográfico.
O grupo “Os Travessos” foi um fenômeno do pagode romântico dos anos 90. Os meninos surgiram em 1996 e dominaram as rádios e os programas de TV, com letras melosas e um balanço mais lento que o normal para sambas e pagode, se aproximando das características do R&B e soul music.
“Os Travessos” estão em atividade até hoje, mas pouco se houve falar deles dentro do cenário nacional da música. O grupo dependia do Rodriguinho. Mas Rodriguinho, aparentemente, também dependia do grupo para continuar nas paradas nacionais.
Depois que largou o grupo para seguir carreira solo em 2004, Rodriguinho não voltou mais ao topo das paradas, apesar de ter feito um trabalho muito relevante na cena do pagode.
Problemas vocais
Rodriguinho é um excelente cantor (ou pelo menos foi). Domina as técnicas de melisma, apogiatura, tem um timbre agradável e com muita identidade
Durante a pandemia, Rodriguinho chamou a atenção na internet quando apareceu cantando ao vivo em alguns vídeos, com um desempenho vocal muito abaixo do que ele costumava apresentar. Virou meme, foi zuado e muita gente ficou com uma imagem de que ele não era um bom cantor.
Fato é que Rodriguinho sofreu uma paralisia vocal. Esse distúrbio tem alguns sintomas, entre eles, a imobilização parcial das pregas vocais, impedindo que elas façam o movimento de abrir e fechar corretamente e mudança do timbre da voz. Em alguns casos, a paralisia vocal pode afetar a fala e até a capacidade de engolir. É um problema sério que é causado por tumores, lesões ou danos a nervos do aparelho vocal.
Em algumas entrevistas, Rodriguinho chegou a relatar que usou anabolizantes por um período e percebeu mudanças na voz depois disso. “Ficou mais grave”, disse Rodriguinho.
Depois disso, mesmo nos trabalhos gravados de Rodriguinho, fica evidente a dificuldade de alcançar notas mais agudas.
Se ele dependesse só da voz para se sustentar, talvez a paralisia vocal pudesse ter representado o fim da carreira musical de Rodriguinho. Porém, o talento dele para composição conseguiu mantê-lo operando em alto nível no mercado.
Rodriguinho compositor
Na época dos Travessos, ele não se destacava pela composição. O maior sucesso do grupo, “Sorria”, é uma composição do lendário produtor Arnaldo Sacomani, com a filha Thaís.
Mas depois disso, suas “canetadas” alavancaram outros artistas para o sucesso, de pagodeiros a sertanejos, passando pela Axé music. Rodriguinho é responsável por alguns grandes hits que certamente seguem enchendo a conta bancária dele de dinheiro e fazendo a manutenção de sua relevância musical no mercado.
Todos esses hits, foram feitos em parceria com o amigo Thiaguinho.
3 músicas que são do Rodriguinho do BBB e você não sabia
1- Fugidinha- Michel Teló
O primeiro grande sucesso da carreira de Teló foi composto por Rodriguinho com o amigo pagodeiro Thiaguinho.
2- A Amizade É Tudo- Thiaguinho
Sucesso com Thiaguinho e também com o grupo Jeito Moleque, a canção é outra parceria de Rodriguinho com Thiaguinho que, segundo contam, traduz um pouco da relação dos dois.
3- Leite Condensado- Parangolé (Léo Santana)
Mais uma parceria dos amigos Thiaguinho e Rodriguinho, a música foi o último sucesso do Parangolé antes do Léo Santana seguir carreira solo. Rodriguinho canta essa junto.
Fonte: primeirapagina