O ex-presidente elogiou, na terça-feira 30, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). A declaração foi feita em um evento do banco de investimentos UBS Brasil, em São Paulo.
De acordo com o emedebista, Haddad representa “uma agradável surpresa”. Segundo Temer, o homem forte da Economia do faz o “possível para amantes da integridade das contas públicas”.
+ Leia mais notícias de Política em Oeste
Em 2023, o Congresso Nacional aprovou um novo arcabouço fiscal, substituindo o teto de gastos estabelecido durante o governo Temer. O novo regime fiscal impõe limites aos gastos e condiciona aumentos nas despesas governamentais ao cumprimento de metas de resultado primário, visando a conter o endividamento.
“Se o novo teto vai dar certo ou não, só o tempo vai dizer”, destacou o ex-presidente. “Mas, de qualquer forma, continua intacta a ideia de um teto para as despesas públicas.”
Durante o evento, Temer também fez referência ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva e ao PT, enfatizando a necessidade de “otimismo”. Para ele, , a postura do atual presidente se justifica pelas “angústias” que o petista passou durante a sua prisão.
“O primeiro ano do governo Lula foi de muitos embates, mas agora ele começa a tomar rumo”, afirmou Temer. “Ele sofreu angústia com sua detenção de 580 dias e saiu muito magoado. Vejo um embate agressivo, não só dele, mas de todas as partes, o que não é bom. Quando se vai para o embate todo o tempo, causa mal-estar no povo brasileiro.”
Sobre o governo de Jair Bolsonaro, Temer opinou que o ex-presidente “se autoderrotou”, perdendo a capacidade de diálogo e a liturgia, essenciais para um líder.
Ao abordar as relações entre os Três Poderes, Temer defendeu a manutenção do diálogo. Nesse sentido, ele falou sobre as interferências do .
“O Judiciário só se manifesta quando provocado”, ressaltou o ex-presidente da República. “O Supremo vai avançando sobre certos temas porque é provocado. A provocação tem que parar.”
Temer foi o responsável por indicar Alexandre de Moraes para o STF, em fevereiro de 2017. Na ocasião, Moraes era o ministro da Justiça do então presidente.
Fonte: revistaoeste