As investigações da Polícia Federal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) trouxeram à tona mais uma vez o debate acerca da nomeação de um servidor de carreira para a Diretoria-Geral do órgão.
+ no site da Revista Oeste.
Deflagrada em outubro de 2023, a Operação Vigilância Aproximada apura um suposto esquema de monitoramento de celulares por agentes da Abin. Na semana passada, o alvo da investigação foi o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor-geral da Abin no governo de Jair Bolsonaro.
Nesta segunda, 29, os policiais, com autorização do ministro Alexandre de Moraes, , filho do ex-presidente. Sete agentes da PF cedidos à Abin são investigados na operação.
A União dos Profissionais de Inteligência de Estado (Intelis), depois da operação contra Ramagem, voltou a defender o comando da Abin pelos próprios servidores. “Os novos desdobramentos das investigações em curso indicam ter havido utilização da estrutura e recursos da Abin para práticas de desvios por parte de policiais federais inseridos na Agência.”
A confirmação das denúncias apuradas na Operação Vigilância Aproximada, diz a Intelis, “reforça a importância de a agência ser gerida por seu próprio corpo funcional, e não opor atores exógenos politicamente condicionados, como no governo anterior”.
No governo Lula, a Abin também é comandada por um delegado da PF — Luiz Fernando Corrêa. O número dois da agência, o diretor-adjunto Alessandro Moretti, também é investigado pela PF. Ele é , de acordo com reportagem da Folha de S.Paulo.
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Dos últimos oito diretores-gerais da corporação, quatro eram delegados da Polícia Federal. “A Inteligência de Estado tem que ser preservada do debate político-partidário, e os profissionais de carreira precisam ser valorizados”, acrescentou a entidade que representa os agentes da Abin.
Em nota, a Abin afirma que colabora com os inquéritos e que é “a maior interessada na apuração rigorosa dos fatos”.
Fonte: revistaoeste