Publicada no jornal , no sábado 27, a coluna do jornalista Carlos Alberto Sardenberg propôs uma reflexão, a respeito do atual cenário político do Brasil, sobretudo com o fim da Lava Jato.
O articulista constatou que o país de hoje “está voltando ao normal”. “As condenações aos corruptos têm sido anuladas”, observou. “Reparem: os então culpados, com sentenças em todas as instâncias jurídicas, não são declarados inocentes. Apenas se arranja uma formalidade, e todo mundo livre. Os réus ficam satisfeitos. Não lhes ocorre pleitear uma sentença de absolvição. Preferem seguir na linha do ‘não aconteceu nada’.”
Adiante, Sardenberg citou a desigualdade social que vai crescendo ainda mais, com base no mais recente levantamento do Tesouro Nacional, segundo o qual o Poder Judiciário custou 1,6% do Produto Interno Bruto, em 2021, algo como R$ 160 bilhões.
“São os mais caros entre 53 países analisados”, afirmou Sardenberg, ao mencionar que a renda média do trabalhador é pouco mais de R$ 3 mil, enquanto a de funcionários públicos desse poder ultrapassa R$ 40 mil. “Do total, nada menos que 80% (perto de R$ 130 bilhões) correspondem a remuneração de juízes e servidores. E onde estão os melhores salários? No Judiciário — onde os próprios interessados inventaram truques para ultrapassar o teto salarial de R$ 41 mil por mês, que já não é pouca coisa.”
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Fonte: revistaoeste