O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, nesta terça-feira, 23, que a eleição para o comando da Prefeitura de São Paulo vai repetir o embate direto entre ele e o Jair Bolsonaro nas eleições gerais de 2022.
Na capital paulista, o PT de Lula Já Bolsonaro deve apoiar o atual prefeito da cidade, Ricardo Nunes (MDB), que tenta a reeleição. O apoio de Bolsonaro, contudo,
“Na capital de São Paulo é uma coisa muito especial”, declarou o petista em entrevista à Rádio Bahia. “É uma confrontação direta entre o ex-presidente e o atual presidente. Entre eu e a figura [em referência a Bolsonaro]. E a gente vai disputar as eleições. Fiquei muito feliz de convencer a companheira Marta Suplicy.”
Marta, que integrava a gestão de Nunes na capital paulista, deixou o posto para Ela será a candidata a vice-prefeita na chapa com Boulos. Para isso, Marta precisa se filiar novamente ao PT. O evento que marcará o retorno dela à sigla já está sendo organizado pelo partido e deve acontecer na sexta-feira 2.
+ Leia mais sobre Política em oeste
A eleição de 2024 será a primeira desde a redemocratização que o PT não vai ter um candidato próprio em SP. A própria Marta, inclusive, já comandou a cidade pelo partido. A saída dela da gestão Nunes causou incômodo no presidente do MDB, deputado federal Baleia Rossi.
“Claro que causou um desconforto, porque ela estava no governo do Ricardo [Nunes] há três anos”, disse Rossi em entrevista ao jornal O Globo. “Acho que até pelo fato de o MDB fazer parte do governo, ele [Lula] poderia ter agido de maneira diferente, sim. Mas a gente tem que respeitar. É a eleição mais importante do Brasil. É natural o presidente Lula articular.”
À rádio, o petista disse que existem “condições” de ganhar muitas capitais, mas que não vai “criar conflito”. Conforme Lula, no papel do presidente da República, ele vai conversar com as pessoas e fazer um “jogo mais ou menos acertado” a fim de não criar problemas com o Congresso Nacional ao final das eleições.
“Acho que temos condições de ganhar as eleições em muitas capitais”, continuou o petista. “Não vou me jogar para criar conflito, tenho que saber que sou presidente, que tenho que conversar com as pessoas, que tenho que fazer um jogo mais ou menos acertado para que eu não traga problema depois quando terminar [sic] as eleições aqui no Congresso Nacional.”
Fonte: revistaoeste