O Ministério das Relações Exteriores analisa os pedidos de três famílias de brasileiros para sair do Equador. Ao todo, há 11 pessoas que querem deixar o país, que enfrenta uma onda de violência comandada pelo narcotráfico.
Thiago Allan de Freitas também fez um pedido de saída do país andino. Em 9 de janeiro, bandidos o sequestraram e exigiram um alto valor de resgate. Ele, no entanto, .
Freitas pediu à Embaixada do Brasil a repatriação de seus três filhos, todos menores de idade. Ele disse que vai permanecer no Equador, onde mantém churrascaria em Guayaquil, maior cidade do país.
As três famílias — uma de três pessoas, outra de cinco e a de Freitas — disseram que não possuem condições de pagar as despesas de todos os seus integrantes para um retorno ao Brasil. Por isso, há solicitação de ajuda ao órgão do governo federal.
O Ministério das Relações Exteriores pediu alguns dias para tomar uma posição. De acordo com o jornal Correio Braziliense, há uma determinação da Defensoria Pública da União para que essas pessoas sejam declaradas hipossuficientes (não possuem condições suficientes) para ter direito à ajuda do governo brasileiro.
O Itamaraty verifica se há algum repatriado entre as famílias. A lei não permite que o governo conceda uma segunda ajuda na volta ao Brasil. Por isso, o processo ainda não pôde ser concluído.
Há quase 7 mil brasileiros no Equador
A embaixada brasileira no Equador estima que há entre 5 mil e 7 mil brasileiros no país. Não se sabe o número exato, uma vez que muitas dessas pessoas não se registraram na embaixada.
Vista a dificuldade de contato, a representação e os consulados têm feito campanhas em todo o país para que os brasileiros informem seus paradeiros, para que, em casos extremos, sejam contatados.
Conforme os diplomatas brasileiros no Equador, a situação no país está mais “tranquila”, mas é precária. O governo local conseguiu retomar o controle dos presídios e prendeu mais de 2 mil criminosos.
Mesmo com as prisões, a violência continua alta. Os diplomatas explicam que o Equador faz fronteira com os dois países que mais produzem cocaína no mundo, a Colômbia e o Peru. Assim, tornou-se estratégico para o escoamento das drogas para os Estados Unidos e a Europa.
Estêvão Júnior é estagiário da Revista em São Paulo. Sob a supervisão de Anderson Scardoelli
Fonte: revistaoeste