O presidente de Israel, Isaac Herzog, discursou no em Davos, na Suíça, na manhã desta quinta-feira,18. Acompanhado de parentes de reféns do Hamas, e segurando uma foto do bebê Kfir Bibas, que completou 1 ano de idade em cativeiro, o político afirmou que os israelenses não estão com disposição no momento para as negociações de paz.
“Ninguém em seu juízo perfeito está disposto a pensar agora sobre qual será a solução certa para os acordos de paz”, disse. “Todos querem saber apenas que não serão atacados da mesma forma, seja no norte, sul ou leste”.
Herzog disse que o conflito em curso vai além de Israel e do Hamas, destacando o que chamou de “império do mal” proveniente do Irã.
“O mundo tem que encarar isso com coragem: há um império do mal emanado do Irã”, afirmou. “E vai minar qualquer processo de paz e qualquer estabilidade no mundo.”
Para o presidente israelense, a perda de confiança nos processos de paz deve-se à “glorificação do terror pelos vizinhos de Israel”.
Presidente israelense sugere a criação de uma coalizão com o Ocidente para reconstruir Gaza
O líder pediu a formação de uma “coalizão muito forte” para enfrentar o Irã e seus representantes; lembrando aos chefes de Estado presentes que a “luta não é apenas por Israel, mas por um mundo livre”, e propôs um modelo de ação na garantia do futuro de Gaza.
“Precisamos de uma coalizão de nações formada por forças ocidentais e regionais, dispostas a se comprometerem com a reconstrução de Gaza, em diálogo [futuro] com os moradores de Gaza e a Autoridade Palestina”, sugeriu.
O político criticou o Ocidente, ao afirmar que, até 7 de outubro de 2023, havia uma aparente indiferença às vítimas ‘do terror em Israel’, referindo-se aos frequentes e históricos atentados terroristas na Faixa de Gaza, ainda que em menor proporção em comparação com os mais recentes.
Herzog se reuniu com a Cruz Vermelha antes de ir a Davos
O presidente divulgou que esteve reunido nesta terça-feira, 15, com representantes da Cruz Vermelha em Israel para tratar da questão dos medicamentos para os reféns em Gaza.
“Estamos rezando para que toda a medicação chegue até eles, mas isso é apenas o começo”, falou. “Existe perigo iminente para nossos reféns e discuti a grave situação médica dos reféns com a Cruz Vermelha.”
Fonte: revistaoeste