A divulgou, nesta quarta-feira, 10, que a exportação de veículos (automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus) caiu 16% em 2023. O total de 403,9 mil unidades no acumulado do ano representou uma queda no comparativo com 2022.
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Somente em dezembro do ano passado, as exportações de veículos totalizaram 25,7 mil unidades — queda de 17,7% ante o mesmo mês de 2022. Mercados de Chile, Colômbia e Argentina tiveram um recuo, respectivamente, de -57%, -53% e -16%.
O México, entretanto, contou com um maior apoio à indústria brasileira. O país teve um aumento de 51% das suas importações brasileiras em 2023 na comparação com o ano anterior.
O presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, disse que questões políticas na América Latina prejudicaram as exportações brasileiras. “Tenho bastante serenidade de que esse assunto será revisto durante o ano”, afirmou o executivo. “Não temos cenário que nos aponte com clareza como vai ser o comportamento de exportações em 2024.”
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Segundo o presidente da Anfavea, a associação espera exportar 407 mil unidades em 2024 para a região — um aumento de 0,7%.
Indústria tem diminuição de cerca de 37% de caminhões em estoque em 2023
A produção de veículos em 2023 teve uma queda de 1,9%, totalizando 2,325 mil unidades. O desempenho se deu ao desaquecimento do mercado de pesados do último ano, que caiu 37,5% ante o ano anterior.
O mercado de carros leves, contudo, teve um aumento de 1,3% no período.
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Leite disse que o resultado refletiu a mudança de tecnologia no controle de emissões que a indústria adotou. Apesar de ter, sim, vendido, “o mercado consumiu praticamente os veículos de estoque”.
“O mercado, apesar de ter vendido, consumiu praticamente os veículos de estoque”, disse o executivo. “No ano passado a indústria tinha 60 mil caminhões em estoque e chegamos ao final do ano com 38 mil aproximadamente.”
Os estoques de autoveículos totalizaram 210,1 mil unidades em dezembro de 2023, número, a saber, menor ante as 251,5 mil unidades totais em novembro. Conforme Leite, os estoques não podem crescer, pois quando os estoques crescem, as fábricas param.
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“Os estoques não podem crescer”, afirmou o presidente da Anfavea. “O [eventual] crescimento tem de ser analisado, uma vez que quando o estoque cresce tem parada de fábrica, fechamento de linha, redução de turno.”
Gabriel Dias é estagiário da Revista Oeste em São Paulo. Sob supervisão de Anderson Scardoelli.
Fonte: revistaoeste