O ministro do Alexandre de Moraes, que chegou a treinar em uma das academias do Exército em Brasília até 2022, recusou um convite para voltar a se exercitar no local. À Folha de S.Paulo, ele disse preferir evitar os paparazzi.
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“Se eu voltar, o que vai ter de paparazzi lá tirando foto de eu treinando, vou perder a minha tranquilidade”, justificou Moraes à Folha. “E mais, eu vou atrapalhar o treino dos demais.”
O ministro contou ainda que havia passado a treinar no local a convite do general Fernando Azevedo e Silva. Ele foi o primeiro ministro da Defesa do governo Bolsonaro, com quem tinha amizade desde 2016.
Convidado a se retirar
Entretanto, o ministro do STF disse que o “desconvidaram” em 2022. Moraes afirmou à Folha que em agosto daquele ano recebeu um recado de que o espaço estava passando por reforma e ele não poderia mais treinar lá.
De acordo com Moraes, porém, o lugar não estava em reforma. Era apenas uma forma educada de afastá-lo de lá.
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“Eu falei: reforma em agosto? Reforma costuma ser em janeiro”, relata o ministro. “Agora eles têm todos os testes físicos… E obviamente não estava em reforma.”
“Eu é que estava sendo reformado da academia”, presumiu. “Foi uma forma educada de eu ter sido convidado a me retirar. É uma pena, academia boa, mas são águas passadas já.”
Moraes teria certeza que foi Bolsonaro quem mandou ‘desconvidá-lo’
Segundo a Folha, interlocutores de Moraes dizem que ele tem certeza de que a ordem para que não usasse mais a academia veio diretamente de Bolsonaro. Um dos motivos é que o suposto “desconvite” teria vindo três dias depois da posse de Moraes como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na ocasião, ele elogiou a segurança do sistema eleitoral brasileiro, que Bolsonaro havia questionado.
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Na tentativa do governo Lula de se aproximar do Judiciário, o atual comandante do Exército, general Tomás Ribeiro Paiva, convidou Moraes para voltar a usar a academia. Convite que ele recusou.
Fonte: revistaoeste