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Turismo

Os melhores destinos gastronômicos internacionais para explorar em 2024

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Da Ásia à América do Sul, viajar para comer se tornou um dos principais motivos para alguém fazer as malas atualmente. Em 2024, muitos turistas devem fazer da gastronomia uma prioridade na hora de definir um destino. Uma pesquisa da empresa de turismo de luxo Virtuoso concluiu que 47% das pessoas com alto poder aquisitivo estão dispostas a gastar pelo menos 50 mil reais em restaurantes nos destinos que vistarem no próximo ano. 

O turismo gastronômico não para de crescer, superando a marca dos 800 bilhões de dólares globalmente em 2022. Cidades como Tóquio, Paris, Lima e Madri continuam como destinos imperdíveis para quem decide as férias baseado nos restaurantes que quer visitar — todas elas com aberturas importantes e disputadas neste 2024. Mas apostaria minhas fichas em países não tão óbvios, talvez, ou que estão passando por um momento promissor no que se refere à oferta à mesa. Para matar todos os tipos de fome. 

Coreia do Sul

A onda da gastronomia coreana está longe de perder força. Com mais restaurantes baseados na rica culinária do país a ganharem reconhecimento no mundo. Em Nova York, o Atomix, do casal Junghyun e Ellia Park, foi eleito como o melhor restaurante norte-americano do World’s 50 Best em 2023 — o interesse pelo país só deve aumentar em 2024.

Seul se tornou uma capital gastronômica digna das maiores metrópoles asiáticas, com 35 restaurantes galardoados pelo Guia Michelin — com um novo três-estrelas reconhecido neste ano, o Mosu. A capital sul-coreana oferece de tudo: comida de rua, bons bares, excelentes restaurantes, cafeterias em toda esquina. A explosão do K-pop ajudou a difundir ainda mais o interesse pelo país em filmes, séries e músicas. Agora a gastronomia se tornou uma forma de atrair atenção do mundo, em receitas como o bibimbap, bulgogi (carne marinada), japchae (noodles) e dakgangjeong (frango frito). Além da capital, outras cidades, como Busan e Incheon, devem estar na lista de qualquer viajante comilão. 

Suécia

Estocolmo está de olho na coroa que Copenhague tem ostentado nos últimos anos como a capital da culinária nórdica. A maior cidade da Escandinávia tem vivido uma impressionante ascensão na sua cena de restaurantes. De conceitos mais casuais a restaurantes estrelados, muitas são as propostas que jogam luz no palco da gastronomia sueca: 19 dos restaurantes do país foram reconhecidos com as estrelas do Guia Michelin e alguns deles, como o famoso Frantzén, figuram nas listas mais importantes dos melhores do mundo. Mas além da alta cozinha, há uma cena de restaurantes liderados por jovens empreendedores que fizeram de Estocolmo a Capital da Gastronomia Europeia em 2023 e que ajudaram a fomentar negócios que abriram na cidade nos últimos meses. Além disso, cidades como Gotemburgo e Malmo se tornaram destinos para quem ama comer bem. 

Equador

É a hora da América Latina, dizem muitos chefs do mundo. O continente, que tem alimentado o planeta desde a chegada dos europeus — com tomate, batata, milho, e outros ingredientes-chave da culinária global —, quer mostrar que tem muitos mais a oferecer. Técnicas desenvolvidas pelos povos nativos e ingredientes cultivados por eles em diferentes biomas — do nível do mar às altitudes extremas dos Andes — têm conquistado lugar nos menus de chefs nativos e outros profissionais internacionais que visitam (e se encantam) com o nosso continente. Até mesmo outros países mais desconhecidos do ponto de vista gastronômico começam a ganhar notoriedade, como o Equador e a Costa Rica, de onde despontam restaurantes de projeção internacional. É o caso do Nuema, em Quito, comandado pelos chefs Alejandro Chamorro e Pía Salazar, com um menu que explora ingredientes e tradições de todo o país, de plantas locais, como Sacha Inchi, a frutos exóticos, como U’kuisi. Ao mesmo tempo, tanto em Quito como em Guaiaquil, as maiores cidades, não param de abrir novos conceitos gastronômicos que ajudam a consolidar a boa fase do país. 

Nigéria

Finalmente, a África começa a despertar mais a atenção do mundo gastronômico, antes sempre tão centrado na Europa. Graças a chefs de renome internacional, o continente tem mostrado seu valor à mesa em técnicas ancestrais e ingredientes que ajudaram a definir a culinária mundial (em produtos como quiabo, inhame, pimentas, etc). Talvez o país que mais tenha atraído atenção é a Nigéria, o mais populoso da África, cujos descendentes se espalharam pelo mundo apresentando muitos dos pratos consumidos ali em menus de restaurantes mais sofisticados, do Ikoyi, em Londres (2 estrelas Michelin), ao Tatiana do chef americano-nigeriano Kwame Onuwachi, em Nova York (eleito o melhor restaurante da cidade em 2023 pelo The New York Times). Jovens chefs como Michael Adé Elégbèdé, do Ìtàn, em Lagos, também têm ajudado a apresentar a metrópole nigeriana como um destino a ser explorado à mesa. 

Dubai

Ok, Dubai pode parecer aquele destino onde restaurantes-ostentação, negócios de luxo e cadeias costumam prosperar — o que não deixa de ser verdade. Mas há um clima de autenticidade que começa a tomar as cozinhas do mais famoso emirado árabe, com chefs a tentarem mostrar a originalidade de suas cozinhas e de seus países, já que se trata de um destino composto basicamente por imigrantes de todas as partes do mundo. O melhor restaurante do Oriente Médio é um espaço casual que fica numa esquina, é comandado por três irmãos de origem síria e tem nome turco: Orfali Bros.

O melhor indiano do mundo (segundo a mesma lista dos 50 Best), o Trèsind Studio, também está em Dubai, assim como alguns dos melhores chefs do mundo que decidiram abrir restaurantes ali. Agora, uma nova horda de cozinheiros consagrados começam a considerar abrir filiais ou novos projetos por ali, em busca de um potencial que não para de crescer. Em 2024, o famoso chef espanhol Dabiz Muñoz abre uma unidade de seu disputado DiverXO na cidade, seguido por grandes nomes como Björn Frantzén, Martin Berasategui, entre outros. Estrelas e luxo, sim. Mas agora com um pouco mais de autenticidade.

Fonte: viagemeturismo

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