Sophia @princesinhamt
Eventos

Caos e Horror no Natal: Descubra a Verdadeira Noite Sangrenta de Terror

2024 word2
Grupo do Whatsapp Cuiabá

Existem muitos filmes legais sobre Natal. De todos os gêneros: dos infantis ao terror. 

Gosto de vários. Amo o mau-humor do Grinch de Jim Carrey. Sou fascinado pelos bonecos do Estranho Mundo de Jack, do Tim Burton.

2024 word2
Jess (Olivia Hussey), ao lado da de Natal da fraternidade no clássico Noite do Terror, de 1974

E sou muito . Muito mesmo, de Noite de Terror. É um clássico de 1974. Um slasher, aquele gênero em que um maníaco sai matando a rodo. 

Na primeira cena, uma câmera subjetiva percorre a entrada de um grande sobrado. É uma fraternidade, espécie de pensionato, onde moram dez estudantes. 

A câmera segue até a entrada lateral, onde há uma armação de madeira para plantas. É alta. Chega até a janela do sótão. 

Pronto. O mal está dentro de casa. 

A partir daí os assassinatos começam. Quem é o assassino? Quem será a próxima vítima? Quais os motivos que levam esse maluco a fazer isso? 

Todos os componentes de um grande representante do gênero estão lá. 

O elenco – com a lindíssima Olivia Hussey, a irritante Margot Kidder e o sempre presente John Saxon – ajudam demais na condução da história.

As meninas são atormentadas por trotes telefônicos. Do outro lado da linha, um maníaco sexual despeja obscenidades para deixá-las morrendo de medo. 

Será que tem a ver com os assassinatos? 

Um pouco de humor e uma pitada de feminismo colocam tempero nesse presente de Natal. 

Jess está grávida do namorado – um frustrado estudante de música. Ela quer abortar e ele é totalmente contra.  

Ele propõe casamento. Ela não quer. Por ele e por ela. Ambos têm sonhos que precisam ser realizados ainda. Jess não pretende abrir mão deles para se tornar dona de casa e mãe. 

Reação que coloca Peter no topo da lista dos principais suspeitos. 

O final é um dos mais surpreendentes. Que mexe muito com nossa cabeça. Ficamos pensando nele enquanto os créditos finais sobem. 

Em 2006, uma versão do filme foi lançada aproveitando esse final e expondo a história do assassino. 

Eu ainda não consegui assisti-lo, mas as críticas não são nada favoráveis. Então, podemos saltar mais uns anos.  

Em 2019, a diretora Sophia Takal decidiu pegar aquele trechinho feminista de Jess lá do original de 1974 e construir uma nova roupagem para Black Christmas.   

É tão diferente que até o nome em português foi mudado. No lugar de Noite de Terror, os cartazes foram impressos com o título Natal Sangrento – o que causa uma grande confusão na busca pelo filme, já que existe uma outra franquia, bem mais trash, batizada dessa forma. 

Enfim, busque pelo título em inglês que fica mais fácil. 

Nesta nova versão, Jess é uma vítima de sexual. Estudante de uma tradicional universidade, no entanto, não foi ouvida e teve de engolir o machismo dos diretores da instituição e da polícia goela abaixo. 

Numa apresentação de Natal dentro da fraternidade do estuprador, ela e as colegas dançam e cantam uma música sobre o acontecido e como tudo foi abafado. 

A partir daí, elas passam a ser perseguidas por um – ou mais? – assassinos mascarados e encapuzados. 

Há bastante ação durante as perseguições. E muitas referências ao filme original. A arma usada na primeira morte lembra muito a que vitimou uma das moças de 1974 no quarto da fraternidade. Os trotes estão lá. Mas, agora, são mensagens de texto de celular. 

Mas há uma grande diferença neste Black Christmas. O sobrenatural foi incluído como elemento. Talvez até pra justificar uma refilmagem que já tinha sido feita pouco tempo antes. 

Deu resultado? Pra mim, não.  

E assisti ao filme ao lado da minha filha, uma jovem de 20 anos que tem ideias muito firmes sobre a e necessidade da igualdade entre os gêneros. 

Ela também concorda que houve um exagero na condução do tema. 

O que poderia ser muito bem explorado e ajudar nesse debate tão necessário acabou se transformando em algo piegas ao estereotipar ao extremo essa relação de poder entre homens e mulheres.

Uma pena. Porque, quem assistiu apenas a essa versão mais atual, não tem a dimensão da grandiosidade do primeiro filme.

Os sussurros vindos do sótão chamando Agnes e Billy, nomes que não compreendemos, transmitem calafrios. 

E saber que tem alguém na tua casa na noite de Natal, e sem ser o Papai Noel, é pra encher um saco gigante de medo. 

Aceite esse presente.  

O filme está disponível de graça no Youtube na versão dublada. Uma ótima opção para passar o tempo até a chegada da ceia. 

Feliz Natal. E que seja sangrento só no filme!

Fonte: primeirapagina

Sobre o autor

Avatar de Redação

Redação

Estamos empenhados em estabelecer uma comunidade ativa e solidária que possa impulsionar mudanças positivas na sociedade.