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Política

Construção de usina próxima a cabos de internet em Fortaleza é autorizada pela União: saiba mais!

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Na última quarta-feira, 20, a Superintendência do Patrimônio da União (SPU-CE) autorizou a construção da usina de dessalinização na Praia do Futuro, em Fortaleza.

A decisão contraria as recomendações da (Anatel) por riscos que envolvem o funcionamento da internet no país.

A Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), estatal responsável pelo projeto da usina, disse que a construção “não apresenta nenhum risco ao funcionamento dos cabos submarinos localizados na Praia do Futuro”.

Anatel mantém oposição à construção de usina de Fortaleza mesmo com alteração no projeto; empresas de internet temem apagão digital

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A Partir De Fortaleza, Os Cabos De Inernet Vão Para O Rio De Janeiro, São Paulo E Países Da América Latina | Foto: Freepik

A usina teria uma estrutura no fundo do mar para tornar a água potável, principalmente para ser usada em tempos de seca no . Por ser um dos locais no Brasil mais próximos da Europa, a Praia do Futuro é o lugar que recebe primeiro os cabos de fibra ótica do continente.

A partir de Fortaleza, os cabos vão para o Rio de Janeiro, São Paulo e países da América Latina. Se os cabos se romperem no Ceará, o serviço de internet pode ser afetado em todo o continente, deixando a internet lenta ou até acabando com a conexão.

A primeira versão do projeto posicionava as tubulações a 40 metros dos cabos de fibra ótica. Por pedido da Anatel, a distância foi aumentada para 567 metros. O parecer favorável da União foi responsável por alterar a distância das tubulações, de acordo com o portal g1.

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Mas, segundo a Anatel, essa é apenas uma das 11 recomendações do International Cable Protection Committee (ICPC). A agência informou sua oposição à obra ainda em setembro de 2022. Ela foi notificada sobre a alteração em agosto deste ano.

Em um parecer técnico emitido na última sexta-feira, 15, a Anatel manteve sua oposição à obra da usina na Praia do Futuro e recomendou que o projeto fosse construído em outro local. 

A Anatel também diz que o projeto da SPE – Águas de , responsável pela usina, não analisa riscos com a infraestrutura terrestre e marítima associada aos cabos submarinos. Empresas que vendem serviços de internet no Brasil se preocupam com um possível apagão digital em todo o país. 

Fonte: revistaoeste

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