Em entrevista à imprensa, Mauren Lazzaretti, secretária de Estado de Meio Ambiente, afirmou que o município de Colniza (1065 km de Cuiabá) tem prejudicado todo o estado, devido aos altos índices de crimes e prejuízos contra a Amazônia em Mato Grosso.
A gestora da secretaria de estado de Meio Ambiente (SEMA) destacou que a maioria absoluta dos casos desmatamento ilegal em MT ocorre, em território colnizense, fato que, segundo Mauren, acaba obrigando a Secretaria a manter equipes permanentemente na região.
“O que acontece é que Colniza é uma área de conflito. É o município que, de longe, tem o maior índice de desmatamento irregular. É onde as nossas equipes continuam presente o tempo todo para evitar [crimes ambientais]”, declarou a secretária.
“E assim, infelizmente, Colniza prejudica a imagem do Estado inteiro. Noventa e sete por cento do desmatamento realizado em Colniza é sem autorização”, disse Mauren, após reunião com deputados estaduais na assembleia legislativa de mato grosso (ALMT), na semana passada.
Localizado no extremo noroeste mato-grossense e dentro da Floresta Amazônica, em 2004 o município de Colniza passou a ser destaque negativo na imprensa nacional, sendo citada naquele ano como a cidade mais violenta do Brasil. Apesar de sair do topo da lista, o município ainda é lembrado por crimes como o assassinato do prefeito Esvandir Antonio Mendes e a chacina que vitimou nove pessoas no distrito de Taquarussu do Norte, ambos em 2017.
Já em 2019, o município ganhou os noticiários por conta do “Dia do Fogo”, uma ação na qual criminosos ateiam fogo na floresta para defender o desmatamento. Além disso, em outubro deste ano, uma base da Polícia Militar, localizada no Distrito de Guariba, sofreu um incêndio criminoso.
A declaração de Mauren, no entanto, é uma defesa a policiais militares e fiscais da Sema envolvidos em uma ação ocorrida durante a semana passada em Colniza e que ganhou destaque devido a vídeos que circularam nas redes sociais.
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Nas imagens, um fazendeiro parte para cima das viaturas da Secretaria com um trator e depois ataca as caminhonetes com uma picareta para tentar evitar que seu maquinário fosse apreendido, após ele ter sido flagrado desmatando sem autorização.
“Não houve [reação] por parte de nenhum dos fiscais. Ao contrário, eles até controlaram, de certa forma, com muita tranquilidade. Os vídeos mostram, mas até foram bastante pacientes”, avaliou.
“Além do crime ambiental, ele [o fazendeiro] praticou diversos outros crimes adicionais e vai ser responsabilizado por isso. Nós vamos cumprir a lei”, concluiu Mauren.
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Fonte: unicanews