A , empresa do grupo J&F que pertence aos irmãos Joesley e Wesley Batista, assinou contrato para a compra da usina termelétrica de Araucária, na região metropolitana de Curitiba, a capital paranaense.
+ no site da Revista Oeste.
O valor da transação com a Companhia de Energia Elétrica do Paraná (Copel), recém-privatizada, foi de R$ 320,7 milhões. A UTE de Araucária é uma usina a gás natural com capacidade instalada de 484 megawatts (MW), inaugurada em 2002.
A Copel era dona de 81,2% da usina e a Petrobras é proprietária de 18,8% da UTE de Araucária. A petroleira deve analisar o contrato até fevereiro e pode decidir vender sua parte, conforme a proposta de compra a ser feita pela Âmbar. A companhia do Paraná está se desvinculando de fontes de energia não renováveis em um processo de “descarbonização”.
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Já a Âmbar amplia o portfólio de termelétricas. A empresa dos irmãos Batista já é dona de termelétricas a gás em Cuiabá (MT), com capacidade de 480 MW, e em Uruguaiana (RS), na fronteira com a Argentina, com capacidade de 600 MW. Em setembro, a Âmbar já tinha comprado a termelétrica a carvão mineral Candiota (RS) da Eletrobras, com capacidade de 350 MW.
Empresa dos irmãos Batista atua em usinas em integração com países sul-americanos
Com a nova compra, a companhia passará a ter uma capacidade total de geração de 2 gigawatts (GW). Uma das marcas da atuação da Âmbar na geração de energia é a integração energética com outros mercados sul-americanos.
A UTE Cuiabá é ligada por gasodutos próprios à Bolívia e a UTE Uruguaiana é integrada às reservas de gás da Argentina. Já a usina de Araucária está conectada ao gasoduto Gasbol, com possibilidades de acesso ao gás nacional e da Bolívia.
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“Com esta aquisição, ampliamos nossa presença no sistema de energia sul-americano e nossa posição estratégica como geradora e comercializadora de energia de fontes diversificadas”, afirmou o presidente da Âmbar Energia, Marcelo Zanatta, em nota.
O fechamento da transação está sujeito a condições precedentes, como aprovações regulatórias, conforme costuma ocorrer no setor.
Governo Lula autoriza Âmbar a importar energia da Venezuela
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva . Pelo contrato entre a empresa dos irmãos Batista e o ditador Nicolás Maduro, o Brasil vai pagar muito mais caro para fornecer energia a Roraima, único Estado brasileiro não interligado ao sistema nacional de energia elétrica e dependente de energia térmica. A energia será fornecida pela Hidrelétrica Simón Bolívar, mais conhecida como Guri.
De acordo com reportagem da Folha de S.Paulo, o contrato prevê que o consumidor de Roraima pague de R$ 900 a R$ 1.080 pelo MWh (megawatt-hora), a depender do montante importado. O preço é muito superior ao que o Brasil pagou entre 2001 até 2019.
O preço também é quase cinco vezes menor do que o pago pelos venezuelanos. Segundo o site Global Petrol Price, que monitora valores internacionais de energia, em setembro, os consumidores residenciais na Venezuela pagaram US$ 46 pelo MWh, o equivalente a R$ 226 pelo câmbio atual. Para as empresas, ficou em US$ 53 (R$ 260).
Leia também: Os irmãos Batista atacam de novo, reportagem publicada na Edição 187 da Revista Oeste.
Fonte: revistaoeste