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Fashion

Comunicação e códigos de vestimenta: como se expressar através do seu estilo

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Grupo do Whatsapp Cuiabá

Esta coluna é sobre comunicação, não sobre moda. Mas hoje vamos tratar de uma parte da comunicação não-verbal que construímos. Isso porque o que escolhemos para vestir ajuda a criar uma imagem que os outros fazem de nós. Esse também é um jeito de se comunicar. Com informação, é possível aprender a criar conexão entre a mensagem que queremos transmitir e a maneira de nos vestir.  Você pode até pensar: “não julgo pela aparência’ ou ‘eu não ligo pra isso’. Você pode não ligar, só que o mundo liga. 

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DRESS CODE (CÓDIGO DE VESTIMENTA)  

Algo primordial para estar bem-vestido(a) é se atentar à adequação.  Os códigos de vestimenta, ou dress code, fazem parte do mundo do trabalho e de eventos. Apesar de hoje em dia essa questão estar menos rígida, há empresas ou instituições que impõem o dress code.  

No site do Congresso Nacional, há instruções sobre as regras de vestimenta. Entre as normas está a proibição da entrada de pessoas vestindo bermudas, shorts, camisas sem mangas, minissaias e chinelos. A recomendação é o uso de calça comprida, camisa com manga, vestido ou saia na altura do joelho. Em sessões solenes ou em locais como o Plenário do Senado ou o Salão Verde da Câmara, é exigido dos homens o uso de terno e gravata.  

Em prédios do Poder Judiciário, também há regras sobre dress code. Há casos em que o tema gera polêmica, especialmente quando o cidadão é barrado na entrada de um fórum por causa da roupa, considerada inapropriada.  

Voltando à questão da adequação… No ambiente corporativo, é preciso estar atento para se vestir de acordo com a cultura da empresa ou instituição. Em um escritório de advocacia, certamente a roupa social é o recomendável. Numa agência de publicidade ou numa empresa agropecuária, a imagem a ser comunicada pela vestimenta é outra. Roupa para ir a uma igreja geralmente não é a mesma da balada. Bom senso nunca é demais para criar uma imagem positiva.  

IMAGEM, ESTILO E MENSAGEM   

Para saber o que estamos comunicando com nosso visual, é preciso ter autoconhecimento. A consultora de imagem e estilo Lize Belegante conta que o principal objetivo do seu trabalho é fazer com que a pessoa descubra seus pontos fortes, o tipo de roupa ou de cabelo que a valoriza. Lize lembra que estar vestida(o) de forma adequada às ocasiões pode abrir portas. “Cuidar da imagem é primordial para passar uma boa impressão em qualquer ocasião”, afirma a consultora.    

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Lize Belegante é consultora de imagem e estilo (Foto: Arquivo Pessoal)

Lize ressalta que ter estilo e passar uma boa imagem não dependem de estar na moda ou usar peças caras. Para ela, o importante é ter peças com bom caimento, com boa durabilidade e que possam ser usadas para compor diferentes looks. Com a moda cada vez mais democrática e inclusiva, isso é possível para todos os tipos de corpos e de bolsos.  

A consultora dá outras dicas que contribuem para criar uma imagem positiva. Além das roupas, é preciso dar atenção a cuidados básicos, como cabelos limpos e com um bom corte. No caso de mulheres, unhas limpas e bem-feitas, maquiagem leve, sem exageros. E, para qualquer pessoa, um sorriso no rosto ilumina qualquer visual.   

MODA E COMUNICAÇÃO, ONTEM E HOJE    

Ao longo da história, a vestimenta das pessoas sempre esteve associada principalmente ao status social. É o que lembra Bianca Zaramella, formada em Comunicação Social e profissional que atua em mídias impressa, eletrônica e digital desde 1997 no segmento de Comunicação e Moda em São Paulo.  

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Bianca Zaramella é consultora de moda e comunicação estratégica (Foto: Arquivo Pessoal)

Bianca pesquisou sobre os costumes de moda em Cuiabá (MT) na época do Brasil Império. Num período em que tudo que chegava à cidade vinha pelo rio, a moda era inspirada no que os europeus usavam. Cabia às costureiras fazer as adequações – usando tecidos mais leves, por exemplo – porém mantendo os formatos amplos dos vestidos, como se usava na Corte. O principal objetivo era atender o desejo de pertencer às classes sociais mais endinheiradas.   

Os tempos são outros e ninguém precisa mais copiar modelos da Europa. Felizmente! Mas a preocupação em usar a moda para passar determinadas mensagens continua. Como consultora de comunicação estratégica, Bianca Zaramella explica que é possível compor um look para criar credibilidade ou gerar identificação com determinados públicos.   

A especialista em comunicação e moda cita uma mudança que ocorreu durante a pandemia de Covid-19: “As pessoas desconstruíram a imagem de moda montada porque elas não tinham para quem mostrar e descobriram a moda confortável; você fica com a mesma roupa o dia inteiro, com conforto, com estilo”.  

Bianca cita outra mudança de comportamento nos últimos anos: o desejo de comunicar felicidade com a moda, seja por meio das cores e do brilho. “Comunicamos muito do que somos com o que vestimos. Tem que ter autenticidade para você transparecer segurança, felicidade e bem-estar”, ela afirma.  

ATITUDES E ELEGÂNCIA  

Como estamos tratando de um aspecto da comunicação não-verbal, temos que lembrar que atitudes e gestos também transmitem mensagens. Aliás, o jeito de agir de uma pessoa diz mais sobre seu nível de elegância do que o que ela usa. Alguém que se veste de forma simples e se comporta com cortesia está num patamar superior de fineza em relação a quem se cobre de grife e não pratica a gentileza. 

Como escreveu a jornalista e consultora de moda Gloria Kalil na página de abertura de seu livro “Alô, chics!”, ninguém é chique se não for civilizado. Portanto, de nada adianta estar bem-vestida(o), se as atitudes forem rudes, grosseiras e discriminatórias. Nesses casos, não tem roupa de grife que dê jeito.

Fonte: primeirapagina

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