O Yoav Gallant, se encontrou nesta quinta-feira, 14, como o assessor de Segurança Nacional dos Estados Unidos (EUA), Jake Sullivan, que está em visita oficial ao país. Na reunião, o político israelense afirmou ao norte-americano que a guerra contra o Hamas levará “mais do que alguns meses”.
Gallant explicou os motivos pelos quais acredita que será preciso mais tempo para que as tropas de Israel vençam os terroristas.
“O Hamas é uma organização terrorista que se construiu ao longo de uma década para lutar contra Israel”, disse. “Eles construíram uma infraestrutura abaixo e acima do solo, e não é fácil destruí-los. Isso exigirá um período de tempo que durará mais do que alguns meses. Mas vamos vencer e vamos destruí-los.
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Gallant e Sullivan conversaram sobre os desenvolvimentos operacionais em Gaza, assim como as tensões no norte com o Hezbollah e as ameaças regionais decorrentes das ações do Irã, através de apoio a grupos terroristas do Líbano, Iêmen, Iraque e Síria.
O ministro israelense expressou sua gratidão pelo apoio dos EUA a Israel na guerra contra o Hamas. Gallant também falou da atuação do governo norte-americano, e de Sullivan em particular, para garantir a libertação de reféns: “Agradecemos seu compromisso pessoal com o Estado de Israel pra libertar os reféns e os esforços diplomáticos”, disse.
Gallant ressaltou pontos de interesse que, segundo ele, Israel e os EUA têm em comum: “Temos valores comuns e, nesta guerra, compartilhamos metas comuns”, afirmou.
O ministro garantiu ao assessor de Biden que a ‘vitória completa na guerra é importante para Israel, para os EUA e para o futuro do Oriente Médio”.
Sullivan chega a Israel em um momento tenso entre Washington D.C. e Jerusalém
Na terça-feira, 12, o presidente dos EUA, o democrata Joe Biden, fez uma crítica direta ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, a quem havia dado apoio “sem precedentes” desde o início da guerra.
O líder norte-americano afirmou que Israel estava “perdendo o apoio global na guerra contra o Hamas devido aos bombardeios indiscriminados”. A afirmação causou desconforto diplomático. O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, assim como vários funcionários do governo, tentaram suavizar a fala do chefe.
“Os comentários do presidente refletem a realidade da opinião global, que também importa”, disse Kirby. “Nosso apoio a Israel não diminuiu, mas tivemos preocupações e expressamos sobre a condução desta campanha militar, mesmo reconhecendo que foi o Hamas que começou isso e é o Hamas que está continuando.”
Fonte: revistaoeste