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Reitora da Universidade Harvard é mantida no cargo mesmo após omitir-se sobre manifestações antissemitas

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A reitora da Universidade Harvard, Claudine Gay, será mantida no cargo, apesar da crescente controvérsia sobre declarações dadas por ela no Congresso dos Estados Unidos na semana passada.

De acordo com a BBC, Gay estava sendo pressionada a renunciar depois de não ter dito se os estudantes que clamavam pelo genocídio do povo judeu seriam advertidos ou punidos.

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Ela recebeu, por meio de uma carta enviada no fim de semana, o apoio de quase 700 funcionários da instituição.

Na terça-feira 12, o conselho da escola divulgou um comunicado em que informa que está “reafirmando nosso apoio” à liderança da dirigente.

“As nossas extensas deliberações afirmam a nossa confiança de que a reitora Gay é a líder certa para ajudar a nossa comunidade a curar-se e a resolver os problemas sociais muito sérios que enfrentamos”, afirmou a Harvard Corporation, o mais alto conselho de administração da universidade.

“Neste momento tumultuado e difícil, apoiamos unanimemente a reitora Gay.”

A manutenção, até o momento, de Gay na gestão de Harvard ocorreu poucos dias depois de a chefe da Universidade da Pensilvânia (UPenn), Elizabeth Magill, ter informado que renunciaria depois de enfrentar uma reação semelhante por causa de seu próprio testemunho no Congresso.

Gay deu as declarações ao lado de Magill e da presidente do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, Sally Kornbluth, em uma audiência na Câmara dos Representantes sobre antissemitismo na semana passada.

Em meio a um questionamento da congressista republicana Elise Stefanik, Gay disse acreditar que os apelos ao genocídio dos judeus eram abomináveis, mas relativizou a necessidade de punição ou advertência a quem fizesse tais acusações.

O argumento dela foi de que qualquer atitude de repreensão dependia do contexto. Para ela, não deveria ser imediato qualquer enquadramento destes atos como uma violação do código de conduta de Harvard, relativa a casos de bullying e de assédio.

Em entrevista ao jornal do campus de Harvard, o Crimson, pouco depois, Gay pediu desculpas.

“Quando as palavras amplificam a angústia e a dor, não sei como você pode sentir outra coisa senão arrependimento”, disse ela.

Críticas de entidade judaica

Claudine Gay e Liz Magill reitorasClaudine Gay e Liz Magill reitoras
Claudine Gay E Liz Magill Reitoras Partidipam De Audiência No Congresso | Foto: Reprodução/Youtube/Harvard University

Na sua declaração, a Harvard Corporation reconheceu o erro da reitora. A entidade reiterou que os apelos ao genocídio eram “desprezíveis” e acrescentou que a declaração inicial de Gay “deveria ter sido uma condenação imediata, direta e inequívoca.”

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Mas, segundo a BBC, a entidade aceitou as desculpas pedidas por Gay.

“A missão de Harvard é promover o conhecimento, a investigação e a descoberta que ajudarão a abordar questões sociais profundas e a promover um discurso construtivo”, declarou a instituição. “Estamos confiantes de que a reitora Gay conduzirá Harvard para a realização deste trabalho vital”, afirmou o conselho.

A decisão, no entanto, não foi bem recebida pela comunidade judaica. A , organização sem fins lucrativos focada no combate à discriminação contra o povo judeu, considera que a Harvard Corporation deveria ter responsabilizado dirigente da universidade.

“A decisão da corporação serve apenas para dar luz verde a mais ódio aos judeus no campus”, declarou o grupo.

“A StopAntisemitism continua a pedir a demissão da reitora Gay e insta a corporação a reconsiderar a sua decisão e contratar alguém que esteja empenhado em proteger todos os estudantes de Harvard.”

Fonte: revistaoeste

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