Sophia @princesinhamt
Mundo

Macron rejeita acordo entre Mercosul e União Europeia, alegando que o acordo não é benéfico para nenhuma das partes

2024 word3
Grupo do Whatsapp Cuiabá

O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou neste sábado, 2, que é contra o acordo entre o Mercosul e a União Europeia. Isso porque o tratado seria incoerente com a política ambiental brasileira.

De acordo com Macron, uma possível parceria entre o bloco sul-americano e o europeu seria antiquada. “Acho completamente contraditório com que o acordo está fazendo no Brasil e com o que nós estamos fazendo”, justificou o presidente francês. “É um acordo que foi negociado há 20 anos e que tentamos remendar. Está mal remendado.”

Macron citou outros acordos celebrados, como aquele com o , com a Nova Zelândia e com o Chile. “Não leva em conta a biodiversidade e o clima dentro dele”, observou, ao comparar as tratativas entre o Mercosul e a União Europeia. “É um acordo comercial antiquado que desmantela tarifas. Nos últimos anos, esses acordos foram bastante aprimorados.”

O presidente da França visitará o Brasil no dia 27 de março de 2024. Ele mesmo confirmou a viagem, neste sábado, 2, durante um encontro bilateral com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Lula responde às críticas de Macron

O petista rebateu as declarações de Macron, proferidas durante entrevista coletiva na Conferência das Nações Unidas sobre as (COP28).

“É um direito dele”, disse Lula, referindo-se ao presidente da França. “Cada país tem um direito de ter uma . Acho que é um direito dele ser contra. A França sempre foi o país mais duro para fazer acordo, porque a França é mais protecionista. Não é a mesma posição da União Europeia, que pensa outra coisa.”

Presidente da França quer seu país em bloco amazônico

Em agosto, durante encontro anual com embaixadores franceses, em Paris, . O tratado reúne os oito países que abrigam a : Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, República da Guiana, Peru, Suriname e .

+ Leia mais notícias de Política em Oeste

A adesão se justificaria pela Guiana Francesa, região ultramarina do país que abriga 1,1% da floresta. O pedido da França foi formalizado três semanas depois da Cúpula da Amazônia, que ocorreu em 8 de agosto, em Belém (PA).

Na ocasião, Lula, que presidiu o encontro, chegou a convidar o presidente francês. No entanto, Macron declinou do convite.

O desejo de Macron encontra dificuldade no fato de que, oficialmente, a OTCA não é aberta a novos integrantes, pois se considera que seus oitos membros já abrangem o território da floresta.

No pronunciamento, Macron também havia declarado, sem citar o Mercosul, que a França iria “opor-se aos acordos comerciais que permitiriam a importação para a Europa de produtos que não atendem aos nossos padrões de saúde, clima, carbono ou biodiversidade”.


Revista Oeste, com informações da Agência Estado

Fonte: revistaoeste

Sobre o autor

Avatar de Redação

Redação

Estamos empenhados em estabelecer uma comunidade ativa e solidária que possa impulsionar mudanças positivas na sociedade.