O desejo dos consumidores pela compra de veículos elétricos e híbridos não para de aumentar, porém, o cenário relacionado aos impostos que incidem sobre esses automóveis está prestes a mudar e gerar grandes alterações nos valores.
Para melhor entender, a alíquota de impostos voltará, gradativamente, a partir do ano de 2024. O objetivo é que até 2026 a porcentagem máxima seja atingida. Tudo isso faz parte da pressão das montadoras que atuam no Brasil.
Impostos sobre importação voltam a incidir sobre carros elétricos
O mês de dezembro carrega a última oportunidade dos consumidores interessados em carros elétricos levarem um para casa livres dos impostos que incidem sobre a necessidade de importação desse tipo de veículo.
Isto é, a partir de janeiro de 2024, todos os carros das categorias elétricos, híbridos e híbridos plug-in passarão a contar com novos valores em decorrência da incidência dos devidos impostos. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, as alíquotas voltarão a ser propostas de forma gradativa.
Assim, o cronograma para a volta dos impostos segue a seguinte proposta:
- janeiro de 2024 – 10% de imposto
- julho de 2024 – 18% de imposto
- julho de 2025 – 25% de imposto
- julho de 2026 – 35% de imposto
Qual o motivo da mudança?
A ideia de isentar os impostos de importação sobre os veículos elétricos e híbridos pode até ser interessante para os consumidores, mas desagrada – e muito – as montadoras que exercem atividades no Brasil.
O porquê? Para entender de uma forma simples, as montadoras entendem que a ausência dos impostos de importação faz com que os consumidores se interessem mais pelos automóveis vindos de fora, afinal, as alíquotas não incidem sobre eles.
Essa situação, teoricamente, prejudica o comércio e as vendas locais, afinal, também existem impostos que incidem mesmo para os veículos produzidos no Brasil, como por exemplo, o ICMS (Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços).
Aumento no preço pode ser superior a 30%
Com a volta das alíquotas de importação, a preocupação dos consumidores é: qual será o novo valor dos automóveis em questão? Para a infelicidade de muitos, já existem projeções e estimativas que indicam um possível aumento entre 7% e 35%.
É claro que o aumento também será gradativo, e deverá seguir a reincidência dos impostos até o ano de 2026. De qualquer forma, não há como negar que o melhor cenário para a importação desses automóveis é em 2023.
Por fim, a portaria que informa sobre a distribuição de cotas das compras no exterior será publicada em dezembro, e tem como objetivo possibilitar que a indústria nacional consiga se desenvolver mesmo com a possibilidade de importação.
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Fonte: garagem360