A Justiça Militar condenou o coronel da reserva Adriano Testoni Camargo, nesta quinta-feira, 23, a um mês e 18 dias de detenção em regime aberto, porque ele xingou o Exército.
A decisão ocorreu por causa de um vídeo gravado pelo oficial. Nas cenas, ele ofende generais e o Exército, com termos como de “m…” durante os atos de 8 de janeiro.
Segundo o Poder360, os juízes de primeira instância de Brasília condenaram Adriano por 4 votos a 1. Cabe recurso ao Superior Tribunal Militar (STM).
Na denúncia, o Ministério Público Militar (MPM) afirmou que Adriano postou, em dois grupos de WhatsApp, dois vídeos em que profere as ofensas aos superiores hierárquicos. Ele fez as seguintes afirmações:
“Forças Armadas filhas da p…. Bando de generais filhos da p… Vão tudo tomar no c…, vanguardeiros de m…, covardes. Olha aqui o que está acontecendo com a gente. (…) Exército é o c…”
No dia seguinte, o mesmo gravou um vídeo em que se desculpa.
Palavras de baixo calão
Ele, que no momento das ofensas estava acompanhado de sua esposa, justificou a atitude com o argumento de que se irritou com uma suposta ação repressiva da Polícia Militar (PM) que atuava no local.
Na decisão, foi considerado que “as expressões dirigidas aos mencionados oficiais generais se resumem a palavras de baixo calão.”
O trecho ressalta que essas expressões foram “intercalados por ofensas ao Alto-Comando do Exército e pronunciamentos generalizados acerca do descontentamento da posição tomada (ou não tomada) pelo Exército”.
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A justificativa de Adriano não foi aceita.
A sentença considerou que, no crime de injúria, a ação do autor foi dolosa, ou seja, com intenção de ofender a honra alheia.
