Sophia @princesinhamt
Economia

Haddad apoia veto de Lula que encerrou desoneração na folha de pagamento

2024 word1
Grupo do Whatsapp Cuiabá

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, saiu em defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação à desoneração na folha de apagamento. Nesta quinta-feira, 23, o chefe do Executivo a proposta que prorrogava o benefício que, desde o ano passado, atendia os 17 setores que mais empregam no país.

+ Leia mais notícias da Economia em Oeste

Mais do que apoiar o veto de Lula, Haddad revelou que ele foi um dos conselheiros do presidente da República para tal decisão. Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira, 24, em São Paulo, o homem forte da economia do governo petista afirmou que, ao lado de outros ministros, recomendou o fim da desoneração — ação que vai contra o que foi .

De acordo com Haddad, a prorrogação da desoneração em folha prejudicaria a arrecadação dos órgãos públicos. Nesse sentido, afirmou que os outros níveis do Poder Executivo também seriam impactados negativamente. “Quando a União deixa de arrecadar, caem os repasses aos Estados e municípios.”

Ainda na coletiva de imprensa, o ministro da Fazenda criticou algumas medidas adotadas pela gestão anterior. Para ele, o desconto do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que vigorou a partir de decisão do então presidente , foi ato de “populismo”. “Provocou rombo nos cofres dos Estados”, disse Haddad. Além disso, ele declarou que outras ações de desoneração serão analisadas pelo em 2024.

Haddad ainda afirmou que a desoneração em folha não foi responsável por aquecer o mercado de trabalho. Para ele, a medida “não trouxe benefício nenhum”. Ao ser questionado, ele revelou a fonte para tal afirmação de forma genérica: “Tem vários estudos na internet”.

YouTube videoYouTube video

Fim da desoneração em folha: parlamentares e setor produtivo divergem de Lula e Haddad

Membros do Poder Legislativo e representantes do setor produtivo discordam da análise de Fernando Haddad e, consequentemente, do presidente Lula em relação à desoneração na folha de pagamento.

Autor do projeto de lei que prorrogaria a desoneração até 2027, o senador Efraim Filho (União-PB), entendeu que a decisão pelo veto — o que acabou ocorrendo — representaria “.

O presidente da , Ricardo Santin, também se posicionou de forma contrária ao veto de Lula. Conforme o site do Canal Rural, ele afirmou que a decisão do petista pode provocar demissão em massa no país.

2024 word12024 word1
Frigorífico De Suínos No Paraná; Setor De Proteína Animal Era Um Dos Atendidos Pela Desoneração Em Folha De Pagamento; Lula Vetou A Prorrogação Da Medida | Foto: Reprodução/Senar-Pr

“Essa política gerou empregos e continuará a gerar, especialmente nas cidades do interior e em várias cidades”, disse Santin. “São 17 setores que são os mais empregadores, desde telecomunicações, frigorífico, calçados, transportes, estão no dia a dia do brasileiro, gerando mais de 9 milhões de empregos.”

Além da parte de proteína animal, segmento em que a ABPA atua, a desoneração em folha beneficiava — até o veto de Lula — os seguintes setores da economia brasileira:

  1. calçados;
  2. call center (atendimento);
  3. comunicação
  4. construção civil;
  5. confecção e vestuário;
  6. couro;
  7. empresas de construção e obras de infraestrutura;
  8. fabricação de veículos e carrocerias;
  9. máquinas e equipamentos;
  10. projetos de circuitos integrados;
  11. tecnologia da comunicação;
  12. tecnologia da informação;
  13. têxtil;
  14. transportes metroferroviários de passageiros;
  15. transporte rodoviário coletivo; e
  16. transporte rodoviário de cargas.

Leia também: “A bacanal fiscal”, artigo de Ubiratan Jorge Iorio publicado na Edição 191 da Revista Oeste

Fonte: revistaoeste

Sobre o autor

Avatar de Redação

Redação

Estamos empenhados em estabelecer uma comunidade ativa e solidária que possa impulsionar mudanças positivas na sociedade.