O jornalista Leandro Demori, que recebe R$ 36,5 mil por mês na empresa brasil de comunicação (EBC), usou as redes sociais para endossar os ataques contra a jornalista Andreza Matais, do jornal O Estado de S. Paulo.
Andreza tornou-se alvo de interlocutores do governo Luiz Inácio Lula da Silva e do Partido dos Trabalhadores (PT) depois de participar das reportagens que comprovaram a presença de Luciane Barbosa Farias, a “Dama do Tráfico”, em eventos promovidos pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, de Flávio Dino, e pelo Ministério dos Direitos Humanos, Silvio Almeida.
No Twitter, Demori compartilhou uma reportagem da Revista Fórum que versa sobre a suposta trama do Estadão para manchar a imagem do ministro da Justiça e Segurança Pública. Chama atenção, no entanto, que a matéria cita o próprio funcionário da EBC como fonte de informação.
O texto afirma que O Estado de S. Paulo e Andreza tornaram-se “porta-vozes da extrema direita”, sem citar que ambos os personagens divulgaram recentemente denúncias contra o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como o caso das emendas de relator e das joias sauditas.
O contrato de Demori com a EBC
O contrato do jornalista com a Empresa Brasil de Comunicação é de R$ 441,5 mil e terá duração de 12 meses. Ele receberá essa quantia ao longo do período de contratação para apresentar o programa Dando a Real com Demori.
Ao término do primeiro ano de contrato, há a possibilidade de renovação por mais 60 meses. Isso significa que o acordo entre a Escola de Jornalismo, de Demori, e a emissora oficial do governo brasileiro poderá continuar mesmo se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva perder a próxima eleição majoritária, em 2026.
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Oeste teve acesso à integra do contrato, assinado pela diretora de conteúdo e programação da EBC, Antônia Soares Pelegrino, e pelo diretor-presidente da emissora, Hélio Marcos Prates.
O acordo teria a finalidade de promover “o acesso à informação por meio da pluralidade de fontes de produção e distribuição de conteúdo”, a “produção e a programação com finalidades educativas, artísticas, culturais, científicas e informativas” e o incentivo à “cultura nacional, à produção regional e à produção independente”.
Chama atenção, no entanto, que a lista de convidados do programa seja restrita ao público dito “progressista”.
Participaram do talk show o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida; o cantor Roger Waters, conhecido por endossar as pautas de esquerda; as deputadas Jandira Feghali, erika hilton e Camila Jara; e o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O programa com Roger Waters é o que conquistou o maior público: 70 mil visualizações no YouTube, com três meses no ar. Na sequência aparecem Erika Hilton (49 mil) e Gilmar Mendes (19 mil), ambos com um mês no ar, enquanto o restante apresentou números mais baixos.
Fonte: revistaoeste