O resultado da eleição presidencial na Argentina representa uma derrota para o Partido dos Trabalhadores (PT). A legenda brasileira havia formalizado apoio à candidatura do esquerdista Sergio Massa na disputa contra o liberal Javier Milei.
+ Leia mais notícias do Mundo em Oeste
Realizado neste domingo, 19, o segundo turno argentino terminou com a vitória de Milei por mais de 11 pontos percentuais de diferença: 55,7% contra 44,3%.
A formalização do apoio petista a Massa ocorreu em 5 de novembro, duas semanas depois da realização do primeiro turno. Em nota, o partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou Milei como . O candidato esquerdista, por sua vez, recebeu elogios por parte da sigla brasileira.
Para os petistas, Massa seria responsável por apresentar um “programa de governo de desenvolvimento e justiça social”. A afirmação constava em documento assinado pela deputada federal pelo Paraná e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e pelo secretário de relações internacionais do partido, Romênio Pereira.
O PT, contudo, não detalhou o que considerava como “justiça social” por parte de Massa. Membro da coalização Unidos pela Pátria, ele é ministro da Economia da Argentina desde julho do ano passado. Sob sua gestão, o país acumula dados socioeconômicos negativos. Atualmente, a . A moeda local está desvalorizada, com cada dólar sendo o mesmo que 353 pesos. Além disso, a pobreza é um .
Eleição na Argentina: a vitória de Milei — e a derrota do PT
Com apoio do PT, Sergio Massa não conseguiu, aliás, vencer Milei nem em seu reduto eleitoral. Ex-prefeito de Tigre, o esquerdista recebeu somente 47,95% dos votos da cidade. Ao todo, a saber, o candidato liberal levou a melhor na capital Buenos Aires e em 20 das 23 províncias do país.
Diante do resultados das urnas, coube ao PT reconhecer a vitória de Milei. “Seguiremos solidários no desafio de construir a integração entre nossos países e o fortalecimento do Mercosul”, afirmou Gleisi, em mensagem compartilhada pelo no Twitter/X. “Esperamos que tais esforços não sejam interrompidos pelo novo governo, porque representam a possibilidade de um futuro melhor e mais justo para toda a América do Sul.”
Leia também: “Avalanche Milei: eleição na Argentina marca o fim do kirchnerismo e início de nova era econômica”, por Carlo Cauti
Fonte: revistaoeste