Um grupo de 11 entidades dos setores de varejo e serviço lançou, nesta terça-feira, 21, um movimento que defende o parcelamento sem juros no formato atual. A campanha, chamada de “Parcelo Sim”, terá ações de comunicação, além de ajuntar assinaturas em defesa da não obrigatoriedade da incidência de juros.
O debate tem acontecido diante da movimentação do governo, do e do setor financeiro para reduzir os juros do rotativo do cartão de crédito. Hoje, os valores ultrapassam os 400% em termos anuais.
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O movimento declara ter uma natureza apartidária. Porém, a ação enfatiza que busca sensibilizar autoridades do Legislativo e do Executivo para lutar contra o chamado “vilipêndio” dos grandes bancos aos lojistas e clientes.
O BC já propôs uma limitação das parcelas em até 12 vezes. Contudo, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) entendeu a limitação como insuficiente.
O grupo usa dados da Confederação Nacional do Comércio para sustentar que 90% dos varejistas fazem uso do parcelado sem juros.
Presidente da Abrasel defende a ideia de que manutenção do parcelado é melhor para população
O presidente-executivo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (), Paulo Solmucci, afirmou que o “Parcelo Sim” é propositivo.
“Queremos informar a população sobre as consequências nefastas que uma mudança nesse produto”, afirmou Solmucci, “Que é o campeão de preferência do consumidor, pode provocar.”
Segundo o presidente nacional do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Décio Lima, o parcelado sem juros é “uma ferramenta de crédito importante tanto para consumidores quanto para os lojistas”.
“Por tudo isso, estamos juntos na campanha em defesa do parcelado sem juros”, afirmou Lima. “Vamos mobilizar a população para participar do abaixo-assinado em defesa desse direito. Ninguém vai mexer no parcelado.”
Fonte: revistaoeste