O ex-presidente Jair Bolsonaro ironizou, neste sábado, 18, a decisão do durante uma visita à São Sebastião, em São Paulo, em junho deste ano.
“Todo dia tem uma maldade em cima de mim, a de ontem foi que estou perseguindo baleias”, disse o ex-presidente durante um . “A única baleia que não gosta de mim na Esplanada é aquela que está no ministério, é aquela que diz que eu queria dar golpe, mas some com vídeos do seu ministério.”
Durante a , os parlamentares solicitaram as mas Flávio Dino, que comanda a pasta, informou que elas haviam sido apagadas.
Ao todo, até o final da CPMI, a comissão recebeu apenas as imagens de quatro câmeras, sendo a maioria externas. Conforme o MJ, o sistema de gravação das câmeras só preserva as imagens por 15 dias. Depois disso, elas são apagadas para dar espaço a outras gravações.
Conforme apurou Oeste, o motivo de apenas algumas gravações terem sido preservadas é que, depois dos ataques do 8 de janeiro, a Polícia Federal recolheu as imagens que considerou importante para a investigação da cúpula. Isso aconteceu dentro do prazo dos 15 dias. Desse modo, as demais gravações ficaram no MJ até o tempo de serem apagadas.
Bolsonaro teria ‘importunado’ baleia
O inquérito foi aberto com base em um vídeo que exibe as manobras de um homem no comando de um jet ski próximo à baleia. O cetáceo pode chegar a 15 metros de comprimento e pesar até 30 toneladas.
Conforme o jornal O Estado de S. Paulo, a procuradoria suspeita que o ex-presidente tenha sido o condutor do veículo aquático que ficou bastante próximo à baleia. A PF está buscando por possíveis crimes previstos em lei cometidos por Bolsonaro. A lei proíbe pesca ou “molestamento intencional” de no litoral brasileiro.
De acordo com as investigação da procuradoria, a baleia-jubarte apresentava “comportamento aéreo” — isso acontece quando o animal surge na superfície batendo na água com a nadadeira peitoral e a cauda.
Ainda segundo as investigações, o condutor da moto aquática estava a uma distância da baleia considerada inadequada, e gravava um vídeo a partir de seu celular.
“Atribui-se a identidade desta pessoa, supostamente, ao ex-presidente Jair Messias Bolsonaro”, diz trecho da investigação.
Fonte: revistaoeste