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Economia

Diretor do Banco Central afirma que o panorama inflacionário no Brasil é ‘muito favorável’

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Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), disse nesta terça-feira, 7, que o país tem visto um cenário doméstico “bastante benigno”, principalmente em relação à inflação, apesar de fatores externos afetarem a economia brasileira.

Galípolo foi indicado à diretoria do BC por Fernando Haddad, atual ministro da Fazenda.

Os comentários foram feitos em evento do Sindicato das Empresas Serviços Contábeis de São Paulo (Sescon-SP), nesta terça-feira, 7.

No evento, Galípolo disse que o real e a inflação no Brasil têm tido um “bom comportamento”.

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“A gente continua assistindo a um cenário doméstico bastante benigno”, afirmou Galípolo. “A composição da inflação vem bastante benigna… inclusive naqueles indicadores mais sensíveis ao ciclo econômico.”

De acordo com o diretor, esse aspecto da economia brasileira faz o país se destacar em relação aos seus pares no momento, o que o torna um foco para investimentos externos.

“Mesmo em um cenário mais adverso, o Brasil hoje reúne uma série de características que podem fazer com que se destaque entres seus pares”, argumenta Galípolo.

Copom foi feliz ao cortar consecutivamente 0,5 ponto porcentual

Galípolo ainda afirmou que o Comitê de Política Monetária (Copom) foi feliz ao estabelecer um ciclo de cortes na taxa de juros de 0,5 ponto porcentual.

Para ele, isso permite que a autoridade monetária ajuste a contração de sua política monetária e, ao mesmo tempo, siga analisando a situação apresentada.

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‘Mesmo Em Um Cenário Mais Adverso, O Brasil Hoje Reúne Uma Série De Características Que Podem Fazer Com Que Se Destaque Entres Seus Pares’, Argumenta Galípolo | Foto: Fabio Rodriguez Pozzebom/Agência Brasil

Na última quarta-feira, 1, o Copom cortou pela terceira vez consecutiva em 0,5 p.p. a taxa de juros básica da economia brasileira.

A previsão dos economistas entrevistados para o Boletim Focus é que, até o fim do ano, a taxa de juros chegue ao patamar de 11,25% ao ano.

Ao analisar o cenário externo, diante do conflito entre Israel e Hamas e dos altos rendimentos dos títulos de dívida norte-americanos, Galípolo disse que há “muita dúvida e incerteza”.

O diretor acrescentou que esses fatores dificultam a projeção de acontecimentos futuros, apesar de os preços do petróleo e as taxas de câmbio terem apresentado, a princípio, “alterações modestas”.

Harmonização entre políticas fiscal e monetária não tem sido feita historicamente no Brasil, diz Galípolo

Galípolo ainda exaltou a atuação econômica do atual governo, que, de acordo com ele, estaria buscando a harmonização das políticas fiscal e monetária.

“Acho bastante relevante esse esforço, que acho que está presente no discurso do ministro Fernando Haddad, da ministra Simone Tebet e de toda equipe econômica, de a gente tentar fazer essa harmonia entre a política monetária e a política fiscal”, disse.

Por fim, o diretor defendeu que as duas políticas devem estar sujeitas a uma revisão periódica.

Sobre as contas públicas, ele disse que o Estado precisa avaliar sua estrutura de “gastos e arrecadação”, a fim de garantir uma maior eficiência do uso dos recursos públicos.

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Fonte: revistaoeste

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