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Política

Presidente de instituto vinculado a Marina Silva evita opinar sobre ética da influência de ONGs no governo

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O presidente do , Mauro Pires, subordinado à ministra Marina Silva, se recusou a responder se acha imoral ONGs financiadas com capital estrangeiro interferirem nas políticas públicas do Brasil.

“Essa pergunta foge do nosso trabalho, do ICMBio”, disse Pires, ao senador Hiran Gonçalves (PP-RR), que interpelou o funcionário, sobre a questão. “O servidor público tem suas convicções pessoais, mas que ficam de fora, quando ele assume um posto.”

Pires prestou depoimento, nesta terça-feira, 31, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONGs da Amazônia, no Senado.

ONGs interferem no ministério de Marina Silva

Ainda durante a oitiva, Pires admitiu a interferência de ONGs em decisões da pasta de Marina.

A nomeação do próprio Pires ao comando do ICMBio tem a digital do terceiro setor. Isso porque o Comitê de Buscas da pasta, responsável por indicá-lo ao cargo, é composto de pessoas ligadas a ONGs, entre elas, organizações que captam recursos do Fundo Amazônia, abastecido majoritariamente com dinheiro da Noruega e Alemanha.

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Audiência Da Cpi Das Ongs, Na Qual O Presidente Do Icmbio, Maruo Pires, Prestou Depoimento, Sobre Supostos Abusos Na Reserva Chico Mendes – 31/10/2023 | Foto: Cristyan Costa/Revista Oeste

Marina Silva é conselheira honorária do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia e, ao mesmo tempo, titular do Comitê Orientador do Fundo, cuja atribuição é estabelecer as diretrizes e os critérios para a aplicação dos recursos do próprio Fundo.

O presidente do ICMBio confirmou uma fala do relator da CPI, Marcio Bittar (União Brasil-AC), que lembrou da forma como Pires chegou ao posto mais alto do órgão.

Comitê é composto de pessoas ligadas ao terceiro setor

Entre os nomes do Comitê do ministério estão Adriana Ramos, assessora política e de Direito Socioambiental do Instituto Socioambiental, uma das ONGs na mira da CPI por . Os demais integrantes são:

  • Suely Araújo, especialista sênior em políticas públicas da ONG Observatório do Clima;
  • José Pedro Oliveira Costa, ex-secretário nacional de Biodiversidade e Florestas;
  • José Carlos Carvalho, ex-ministro do Meio Ambiente;
  • Maristela Bernardo, jornalista, socióloga e ambientalista;
  • Claudio Maretti, ex-presidente do ICMBio.

Leia também: “A CPI que abriu a caixa-preta das ONGs da Amazônia”, reportagem publicada na Edição 188 da Revista Oeste

Fonte: revistaoeste

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