Na sexta-feira 27, Israel rejeitou a resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) que exigia um cessar-fogo em Gaza na guerra contra o Hamas.
Em nota enviada a Oeste, o de Israel no Brasil, Daniel Zohar Zonshine, explicou os motivos para o país ter recusado a resolução.
“Votamos contra, porque o texto não enfatiza a responsabilidade do Hamas pela situação”, disse Zonshine. “Não condenou explicitamente o Hamas e não apelou explicitamente à libertação dos mais de 220 raptados pelo Hamas no dia 7 de outubro e nem sequer se refere a eles como ‘reféns’.”
Zonshine também deixou claro que não se pode esperar que o Hamas, uma organização , respeite o direito internacional em uma guerra.
“Israel não é uma ‘potência ocupante’ em Gaza, como afirma a proposta”, disse Zoshine. “Além disso, o apelo para que ‘ambos os lados’ respeitem o Direito internacional é visto como cínico, porque o Hamas, uma organização terrorista, não reconhece tal lei e certamente não age de acordo com ela.”
Com 120 votos favoráveis, inclusive do Brasil, a Assembleia-Geral da ONU pediu a “trégua humanitária imediata, duradoura e sustentada” entre Israel e o Hamas em . Ela também exigiu o fornecimento “contínuo, suficiente e sem impedimentos” de serviços vitais “para os civis presos dentro do enclave, uma vez que as notícias sugerem que Israel expandiu as operações terrestres e intensificou a sua campanha de bombardeamentos”.
Outros 45 se abstiveram e 14 votaram contra. O Brasil votou a favor. Além de Israel, a lista de países que votaram contra inclui a Áustria, Croácia, Estados Unidos, Fiji, Guatemala, Hungria, Ilhas Marshall, Micronésia, Nauru, Papua Nova Guiné, Paraguai, República Tcheca, Tonga.
O Canadá chegou a apresentar uma emenda que pedia a inclusão de um trecho condenando o grupo terrorista pelo massacre de , em que 1,4 mil pessoas foram mortas. O adendo recebeu 88 votos favoráveis, incluindo do Brasil, mas não foi aprovado, porque não obteve apoio suficiente.
Fonte: revistaoeste