A candidata do MDB à Presidência da República, Simone Tebet, visitou nesta quarta-feira (28) o Mercado Municipal de São Paulo. Ao lado da vice na chapa, Mara Gabrilli (PSDB), ela defendeu o combate à fome no Brasil. “Estar no Mercado Municipal, onde nós falamos de fartura, é mostrar a triste realidade de um Brasil tão desigual. De um lado, alimenta o mundo, mas há uma parcela significativa da população que passa fome”, disse.
A senadora ressaltou ainda a importância do combate urgente ao desperdício de alimentos no Brasil. “Os dados oficiais mostram que se nós acabarmos com o desperdício, nós temos capacidade de alimentar todo o Brasil que passa fome. Depois da porteira para fora, nós temos desperdício no manuseio, no transporte, na armazenagem e na comercialização dos produtos, sem contar o desperdício da comida que a gente joga na lata de lixo porque não come tudo”, avaliou.
A presidenciável também criticou os problemas na área de infraestrutura do país. “A gente tem que combater o desperdício da porteira para dentro, mas da porteira para fora é termos um sistema de logística eficiente, investir em estradas duplicadas, que não podem estar esburacadas, e ferrovias para que esses grãos cheguem mais rápido com menos desperdício porque, lamentavelmente, as nossas rodovias são verdadeiras panelas furadas, onde você vai ali deixando os grãos pelo caminho”, destacou.
Tebet também falou sobre como pretende livrar os brasileiros das dívidas, que incluem participação dos bancos públicos nas negociações. “São pelo menos três caminhos: primeiro, o Brasil precisa crescer para gerar emprego e renda. Muita gente desempregada tem que fazer empréstimo, pegar dinheiro com agiota para poder comer. Segundo, nós temos que fazer uma divisão entre aqueles que estão devendo para banco e os que estão devendo contas públicas que não são bancárias. Mas é preciso fazer uma divisão em relação àqueles que ganham até três salários mínimos, que é a população mais pobre. Isso representa algo em torno de R$ 37 bilhões, não é grande coisa. Dá para colocar bancos públicos para negociarem”, avaliou.
Edição: Denise Griesinger