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Economia

Deputado faz duras críticas ao governo Lula e move ação para barrar alteração estatutária da Petrobras

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O deputado estadual Leo Siqueira (Novo-SP) criticou a mais recente decisão da Petrobras de mudar seu estatuto. A proposta, aprovada na segunda-feira 23, facilita as indicações políticas para o conselho da petrolífera. Segundo o parlamentar, a medida enfraquece as regras de governança da estatal.

Na semana passada, Siqueira ingressou com uma ação popular em que pede o afastamento de três conselheiros indicados pelo governo federal.

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Logo depois da mudança no estatuto, as ações da Petrobras caíram aproximadamente 6%. A empresa perdeu R$ 30 bilhões em valor de mercado.

“A Petrobras querer mudar o estatuto interno para acomodar indicados políticos é praticamente confessar o crime”, disse Siqueira. “Não adianta simplesmente mudar a lei. Ver mudanças que enfraquecem as políticas de compliance só nos traz um sentimento de revolta. É uma captura política da Petrobras.”

O que prevê a mudança do estatuto da Petrobras

Uma das mudanças é o fim da vedação para indicações de administradores politicamente expostos, que passariam a ter a possibilidade de ocupar cargos no conselho. Essa regra foi implantada na Lei das Estatais, em 2016, durante o governo de Michel Temer (MDB). A intenção é justamente evitar intervenções políticas na Petrobras.

Eduardo Ribeiro, presidente do Novo, endossou as críticas do colega de partido. “Não surpreende, vindo do , que nunca teve nenhum apreço pela governança das estatais e pelos órgãos públicos”, disse. “Iremos até o fim para impedir o aparelhamento.”

O PT está de volta

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Lula e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates | Foto: /PT

Durante a campanha eleitoral de 2022, a Petrobras tornou-se um dos alvos favoritos do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva. Qualquer ocasião era válida para atacar a política de paridade de preços internacionais dos combustíveis (PPI), a venda de ativos menos rentáveis e a distribuição de dividendos.

Depois de eleito, Lula escolheu como presidente da Petrobras o ex-senador Jean Paul Prates (RN-PT). Imediatamente, a velha cartilha petista passou a ser aplicada na estatal. A PPI foi arquivada, e a Petrobras voltou a vender combustíveis no mercado brasileiro a um preço mais baixo do que o mercado internacional. Ato contínuo, houve prejuízos em seu balanço.

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“Da última vez que isso ocorreu, entre 2010 e 2014, a Petrobras acumulou um rombo de cerca de R$ 240 bilhões”, explica Pedro Rodrigues, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).

Na época, a então presidente, Dilma Rousseff, tentou manter a inflação artificialmente baixa forçando a Petrobras a reduzir o preço dos combustíveis. Deu certo até a eleição, e a herdeira de Lula ganhou um novo mandato. Mas as contas da estatal ficaram devastadas.

O assinante pode ler essa reportagem completa sobre a Petrobras ao clicar neste link.

Fonte: revistaoeste

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