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Economia

Banco Mundial destaca preocupações com o impacto da dívida pública no desenvolvimento econômico do Brasil

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Representantes do Banco Mundial afirmaram nesta , 11, que o alto endividamento público do Brasil tem um impacto negativo sobre o crescimento de sua economia.

A avaliação ocorreu durante uma entrevista coletiva em Marrakech, no Marrocos, onde o Banco Mundial realiza sua reunião anual com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Contudo, o economista-chefe da instituição, Indermit Gill, disse que o Brasil não faz parte do grupo de países pressionados pelo da dívida pública sobre o Orçamento.

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A pressão que ocorre nesses países é efeito do aperto monetário promovido pelos Centrais para enfrentar a inflação global. Nesses ciclos, os Bancos Centrais elevam as taxas de juros.

Uma alta dívida pública reduz o efeito de investimento privado na economia e desacelera o crescimento.

Banco Mundial diagnostica Brasil sob efeito ‘Crowding Out’

A previsão é que a dívida pública cresça até atingir 98% do PIB em 2028 | Fonte: DivulgaçãoA previsão é que a dívida pública cresça até atingir 98% do PIB em 2028 | Fonte: Divulgação
A previsão é que a dívida pública cresça até atingir 98% do PIB em 2028 | Fonte: Divulgação

Segundo Gill, o Brasil está sob o efeito do chamado “crowding out”. O termo econômico define o cenário em que o efeito da elevação dos gastos públicos para estimular a economia é anulado pela redução dos investimentos privados.

“Se olharmos para o Brasil, por exemplo, e para alguns desses outros países, eles não estão pressionados pela dívida, mas, devido a esse efeito de “crowding out” da dívida pública sobre o investimento privado, o crescimento do Brasil tem desacelerado constantemente”, disse o economista-chefe.

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Na avaliação do presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, a adoção de uma postura cautelosa em termos de estabilidade macroeconômica é o melhor caminho para minimizar os impactos do “crowding out”.

O Banco Mundial salienta que o fenômeno acontece não somente no Brasil, mas, sim, em escala global. “Estamos vendo isso no mundo todo”, afirmou Gill.

Fonte: revistaoeste

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