Guy Ritchie não tem medo de nada. Se tem que mergulhar no submundo de Londres para filmar um drama criminal como Rock’n’Rolla: A Grande Roubada, ele mergulha. Tem que adaptar Sherlock Holmes em dois longas-metragens? Ele adapta. Até mesmo a memorável versão live-action de Aladdin, lançada em 2019, ele se aventurou a dirigir.
São muitas as bravatas protagonizadas por um dos autores mais versáteis do cinema e com um estilo mais definido da atualidade. Entre elas, destaca-se esta eletrizante aventura medieval com a qual Ritchie entrou sem fazer prisioneiros na terra dos mitos arturianos ao lado de um Charlie Hunnam com um carisma incomum.
Rei Arthur: A Lenda da Espada marcou o retorno do diretor britânico à direção dois anos após o fantástico O Agente da U.N.C.L.E., e ele o fez com mais um exercício cheio de ação em grande estilo, rampas de velocidade, câmera lenta e todos os floreios marca estética da casa, sem esquecer aquele senso de humor foda que dá o tom da história.
Este filme atingiu um golpe injusto nas bilheterias, não conseguindo recuperar seu investimento de 175 milhões de dólares ao ficar em 146 milhões em arrecadações. Algo surpreendente se considerarmos que seu elenco, além de Hunnam, incluía intérpretes como Jude Law, Eric Bana ou Djimon Honsou.
No filme, Arthur é um jovem das ruas que controla os becos de Londonium e desconhece sua predestinação até o momento em que entra em contato pela primeira vez com a Excalibur. Desafiado pela espada, ele precisa tomar difíceis decisões, enfrentar seus demônios e aprender a dominar o poder que possui para conseguir, enfim, unir seu povo e partir para a luta contra o tirano Vortigern, que destruiu sua família.
O filme está disponível no catálogo da Netflix.
