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Economia

MaxMilhas é incluída no processo de recuperação judicial da 123milhas pela Justiça

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A Justiça de Minas Gerais aceitou pedido de duas do grupo da 123milhas — a MaxMilhas e a Lance Hotéis — e as incluiu no processo de recuperação judicial da agência de viagens, iniciado em agosto.

A juíza Cláudia Helena Batista, da 1ª Vara Empresarial de Belo Horizonte, em decisão proferida na segunda-feira 2, determinou a suspensão de todas as ações e as execuções contra a MaxMilhas e a Lance Hotéis por 180 dias.

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O pedido da MaxMilhas para ser incluída na recuperação judicial da parceira foi feito em setembro. A empresa afirmou, na ocasião, que a “crise de credibilidade da 123milhas” causou instabilidade nos negócios da MaxMilhas, que enfrentou uma queda “abrupta” das vendas: em 30 dias, o faturamento caiu 70% em passagens aéreas e 90% em hospedagens.

A magistrada baseou sua decisão no fato de que as duas empresas — MaxMilhas e Lance — são cobradas em quase 400 ações judiciais. “O perigo da demora é verificado nos desdobramentos dos bloqueios efetivados nas centenas de ações em curso, o que pode agravar a crise econômico-financeira da empresa”, afirmou Cláudia Batista.

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A MaxMilhas reportou à Justiça uma dívida de R$ 226 milhões e atribuiu os problemas financeiros à crise na 123milhas. A juíza acatou os argumentos das parceiras: “Diante da inesperada crise econômico-financeira vivenciada, precisarão da proteção imediata dos seus recursos, a fim de que sejam utilizados no seu processo de soerguimento, antes mesmo que seja apreciado o pedido de processamento da recuperação judicial.”

Em nota, a MaxMilhas afirmou que, ainda que tenha “uma operação independente, o mercado de agências de turismo on-line tem sido bastante impactado, o que vem dificultando significativamente a capacidade financeira” da empresa.

Tribunal de Justiça de MG suspendeu recuperação judicial da 123milhas

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A 123milhas suspendeu a emissão de passagens para viagens de setembro a dezembro | Foto: Juca Varella/Agência

Em setembro, uma decisão do desembargador Alexandre Victor de Carvalho, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, suspendeu provisoriamente a recuperação judicial da 123milhas. O magistrado atendeu a um pedido do Banco do Brasil, credor da empresa, e determinou uma análise da documentação da empresa, procedimento chamado de constatação prévia.

O magistrado, no entanto, manteve suspensas as ações ordinárias e as execuções contra a 123milhas por 180 dias. 

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Fonte: revistaoeste

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