A Renault começa uma nova fase no seu plano de lançar modelos eletrificados no Brasil com o Mégane E-Tech, que começa a chegar em um primeiro lote de 220 unidades nos próximos 10 dias e em uma nova leva de outras 100 unidades prevista para desembarcar em novembro.Como disse o diretor de marketing da Renault, Aldo Costa Jr, o novo elétrico da marca é é vetor de imagem.
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Isso significa que a Renault quer ser vista como uma marca mais premium no Brasil e com uma nova linha de modelos eletrificados da qual não fará parte o pequeno hatch Zoe, que não será mais importado pela marca francesa, conforme já foi confirmado. O carro foi o primeiro elétrico da fabricante vendido para o consumidor final e apresentado no Salão do Automóvel de 2018.
O Renault Zoe (nome que significa vida, em grego) vem com motor elétrico de 135 cv e 25 kgfm de torque, números suficientes para acelerar de 0 a 100 km/h em 9,5 segundos, o que é apenas razoável, visto que o Megane E-Tech, um carro bem maior, consegue fazer o mesmo em 7,4 segundos. Além disso, a autonomia do Zoe não é das melhores, de 385 km conforme o WLTP. Porém, na prática, em trechos urbanos, fica em torno de apenas 200 km.
Com preço sugerido de R$ 239.990, o Renault Zoe logo se tornou pouco competitivo com a chegada de vários concorrentes, principalmente de marcas chinesas. Tanto que, em 2022, o modelo da marca francesa teve apenas 203 unidades vendidas, figurando em 15º lugar no ranking de vendas dos modelos elétricos.
Até mesmo dentro da marca Renault no Brasil, o Zoe ficou prejudicado com a chegada do Kwid E-Tech, bem mais em conta, na faixa dos R$ 150 mil e com autonomia de 265 km pelo WLTP. Outro fator que levou à decisão de deixar de importar o Zoe é que o carro também não deverá durar muito nem na Europa, onde a marca deverá apostar em outra geração de modelos.
As iminentes mudanças no imposto de importação de modelos elétricos também pode ter sido levado em conta na hora de decidir pelo fim do Zoe no Brasil. Daqui para frente, outros elétricos da Renault virão. A nova geração da Scénic, que era uma minivan e virou um SUV elétrico, ainda não está nos planos da marca no momento, conforme a reportagem de Autoo apurou no evento E-Tech Days, em São Paulo, mas poderá ser um pouco mais adiante.
Tudo vai depender da demanda do mercado e de como vai ser a transição dos modelos a combustão para os elétricos, que é longa, como ressaltou o presidente da Renault do Brasil, Ricardo Gondo, que chegou a mencionar que até 2040 metade das vendas de veículos no mundo ainda deverá corresponder aos modelos térmicos.
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Fonte: autoo