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The DioField Chronicle vale a pena? Análise – Review

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The DioField Chronicle é um jogo que tem como objetivo trazer uma proposta pouco explorada em jogos de videogame: a mistura de estratégia, algo incomum afinal jogos de estratégia e joystick costumam combinar tão bem quanto água e óleo, e RPG. Será que o jogo consegue entregar uma boa experiência?

Em The DioField Chronicle, você controla um grupo de mercenários chamado Blue Fox, que deve defender o Reino de Alletain, terra natal destes mercenários. Este reino está sendo invadido pelo Império Trovelt-Schoeviano, que busca um recurso natural abundante em Alletain que serve como combustível para que a magia seja usada com propósitos bélicos.

Apesar da história de The DioField Chronicle não ganhar nenhum prêmio de originalidade, ela é divertida e conta com personagens bastante carismáticos que vão sendo apresentados conforme você avança pela história, seja nas missões principais, seja nas missões secundárias.

Conforme você avança nela, interesses obscuros começam a ser revelados e alianças vão se formando e se quebrando, e ela funciona de uma maneira satisfatória para manter o jogador engajado e querendo jogar uma missão atrás da outra para descobrir como esse conflito no continente de DioField vai se desenrolar.

Como eu comentei no começo dessa análise, a ideia de The DioField Chronicle é ser um jogo de estratégia em tempo real com elementos de RPG, mas ele não funciona exatamente como aqueles jogos de estratégia onde você deve construir unidades, estruturas de uma base e sair demolindo com a do seu inimigo.

Aqui, você tem um número limitado de unidades, que são personagens do próprio jogo, e que devem seguir pelo campo de batalha enfrentando os inimigos que se colocam diante de você. O controle durante a batalha é bem básico, você anda, comanda que unidades atacam quem e usa habilidades especiais dessas unidades seja para recuperar os seus personagens, seja para atacar os inimigos.

Durante as batalhas, você pode controlar apenas 4 unidades por combate, mas cada uma dessas unidades pode carregar uma unidade reserva consigo, e você pode alternar essas unidades até 3 vezes por combate para criar formações que sejam mais adequadas para enfrentar os desafios que o jogo colocar diante de você.

Além disso, as unidades que ficam na reserva também disponibilizam suas habilidades para você usar a qualquer momento, de modo que dá para você ter um curandeiro na reserva curando seus melhores atacantes quando você precisa causar bastante dano, por exemplo. As habilidades dos personagens estão diretamente ligadas às armas que eles usam, e cada classe pode usar um tipo de arma em específico.

Durante as batalhas, você tem sempre um objetivo primário e diversos objetivos secundários, como não perder nenhuma unidade, encontrar tesouros escondidos, terminar o combate antes de um tempo específico e assim por diante. Além disso, também há a opção de acelerar os combates para quem for apressado e não tenha paciência de ver as unidades se deslocando pelo mapa.

Uma boa parte do desenvolvimento de The DioField Chronicle se passa fora dos combates, com você desenvolvendo sua base, fazendo sidequests para acumular recursos, comprando novas armas, melhorando as habilidades dos seus personagens e assim por diante. Esse lado de manager do jogo acaba adicionando mais uma camada à estratégia do jogo, já que não é só batalhar, você precisa formar um grupo equilibrado, com habilidades que se complementem e usá-los de forma inteligente no combate, já que se você só for mandar suas unidades atacarem sem pensar muito, isso só vai funcionar até lá pela quarta ou quinta batalha do jogo, e você vai começar a levar pau depois disso.

Dessa forma, The DioField Chronicle é um jogo que fica melhor se você investe o tempo necessário nele para entender como os seus sistemas de estratégia e desenvolvimento de personagens funcionam, resultado num jogo que me agradou muito no tempo que eu passei nele.

Graficamente, The DioField Chronicle é um jogo que não tem a ambição de tirar o fôlego de ninguém. O jogo parece mais um jogo de PS2 ou de Wii com os gráficos numa resolução bem mais alta e com texturas mais bonitas, mas com personagens, unidades e cenários cartunescos, e com um estilo de arte que acabou me agradando bastante.

A trilha sonora de The DioField Chronicle é outro bom ponto do jogo, com uma música bem agradável e uma dublagem competente, que inclusive pega emprestada aquela característica de jogos da Nintendo como alguns Fire Emblem, onde só partes das frases são dubladas, e o resto aparece em texto na tela. Neste ponto, precisamos ressaltar um porém: The DioField Chronicle não tem legendas em português, o que é uma grande falha da Square Enix, já que dificulta bastante a compreensão do enredo por quem não domina o idioma.

Antes de concluir, é importante ressaltar mais uma vez que The DioField Chronicle não é um jogo AAA que tem por objetivo vender uma quantidade irrealista de cópias para se pagar, e sim um jogo de nicho com um orçamento limitado e que tenta fazer o melhor possível com essas restrições, e honestamente eu acho que eles conseguiram tanto no departamento de sistema de combate quanto nos gráficos, que por mais que não sejam lindos, são charmosos e vão evocar bons sentimentos nos mais nostálgicos de uma época em que a Square Enix não tentava só fazer jogos AAA que precisavam ir muito bem para valerem o investimento.

Mas e aí, The DioField Chronicle vale a pena?

The DioField Chronicle é um jogo bastante honesto com uma proposta de nicho: ser um jogo de tamanho médio que mistura os gêneros de RPG e Estratégia e contar com uma boa história de JRPG focada em guerra e política, que ainda que não ganhe muitos pontos em originalidade, divirta com bons personagens. O único grande problema do jogo é não vir com legendas em português, mas se você tiver bom domínio do inglês e ser fã de JRPGs, é provável que esse título vá lhe agradar.

Review elaborado com uma cópia do jogo para PS5 fornecida pela publisher.

Resumo para os preguiçosos

The DioField Chronicle é um jogo bastante honesto com uma proposta de nicho: ser um jogo de tamanho médio que mistura os gêneros de RPG e Estratégia e contar com uma boa história de JRPG focada em guerra e política, que ainda que não ganhe muitos pontos em originalidade, divirta com bons personagens. O único grande problema do jogo é não vir com legendas em português, mas se você tiver bom domínio do inglês e ser fã de JRPGs, é provável que esse título vá lhe agradar.

Nota final

80
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Bom sistema de combate
  • História divertida com personagens carismáticos
  • Gráficos charmosos

Contras

  • Falta de legendas em português

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