Identificado pela primeira vez em 1999, quando apareceu na Malásia, o vírus Nipah voltou a assombrar algumas localidades no Estado de Kerala, no sul da Índia.
O contágio da doença, transmitida aos seres humanos por porcos e morcegos frugívoros, também acontece através do contato com alimentos ou pessoas contaminados.
Embora não apresente uma disseminação acelerada, uma taxa de mortalidade de aproximadamente 70% explica o temor despertado pela presença do vírus, que ainda não conta com remédio nem vacina específicos para seu tratamento.
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Além de levar à morte muitos dos infectados, aqueles que sobrevivem podem sofrer efeitos neurológicos de longo prazo.
Para detectar a contaminação, pode-se recorrer a diferentes tipos de teste.
Os sintomas iniciais incluem febre, dificuldades respiratórias, dores de cabeça e vômito. Convulsões e encefalite — uma inflamação no cérebro que provoca confusão, desorientação, sonolência — podem se manifestar em casos graves.
Há registro de pessoas assintomáticas.
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Surto do Nipah na Índia
Anunciado pelas autoridades na quarta-feira, 13, o surto deste ano é o quarto a atingir a Índia. O primeiro aconteceu em 2018, em Calicute. Na época, 17 dos 18 infectados morreram.
No ano seguinte, houve apenas um relato no distrito de Emakulam, e o paciente conseguiu se recuperar. Em 2021, um menino de 12 anos morreu infectado pela doença.
Na ocorrência atual, duas pessoas já morreram e outras quatro estão recebendo tratamento no hospital. Para frear a propagação, as autoridades decidiram fechar escolas e escritórios.
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Além disso, o chefe do governo estadual, Pinarayi Vijayan, exigiu o uso de máscaras faciais.
Vijayan pediu, ainda, que as pessoas visitem hospitais apenas em situações de extrema necessidade e evitem aglomerações públicas em Kozhikode pelos próximos dez dias.
A Organização Mundial da Saúde alertou que outras regiões também podem sofrer com o aparecimento do Nipah, uma vez que se encontrou evidências do vírus em diversos países, como Camboja, Gana, Indonésia, Madagascar, Filipinas e Tailândia.
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Fonte: revistaoeste