Pela segunda semana seguida, os analistas de mercado que participam das projeções do Boletim Focus esperam alta da inflação para 2023. A projeção é de que o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) feche o ano em 4,93%, ante a expectativa de 4,92% na semana passada e de 4,84% há quatro semanas.
Os dados constam do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira, 11, pelo Banco Central.
Por mais de dez semanas, os analistas projetam a queda da inflação. Essa tendência seguiu os preços dos combustíveis, que estavam em baixa com a mudança da política de preços da Petrobras.
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A petrolífera passou a controlar os preços e desprezar a paridade internacional. Há um mês, no entanto, com a ameaça de desabastecimento de diesel, a estatal autorizou o aumento de 25,8% no preço do diesel e de 16,3% no da gasolina.
Além disso, na semana passada começou a vigorar a alta de impostos federais (PIS e Cofins) sobre a óleo diesel, determinada por Lula.
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Com este cenário, os analistas projetam alta da inflação até mesmo para 2024. No boletim divulgado hoje, a expectativa é que o IPCA feche em 3,89% no ano que vem, ante 3,88% há uma semana e 3,86% há quatro semanas.
Além da inflação, mercado também projeta alta do PIB
Assim como a inflação deve ser maior em 2023, a projeção também é de alta do Produto Interno Bruto (PIB). Neste boletim, os analistas de mercado esperam que a economia cresça 2,64% neste ano, ante a projeção de 2,56% na semana passada. Há quatro semanas, a projeção era de 2,29%.
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Para 2024, a projeção também é de crescimento maior, de 1,47%, ante 1,32% há uma semana.
Analistas estimam alta do câmbio e estabilidade da Selic
O Boletim Focus mostra que o dólar deve fechar o ano valendo R$ 5, ante a projeção de R$ 4,98 na semana passada.
Já para a taxa de juros a previsão é de estabilidade. Pela quinta semana seguida, os analistas de mercado projetam que a Selic fechará 2023 em 11,75%. Atualmente, a taxa de juros está em 13,25%.
Divulgado toda segunda-feira, o Boletim Focus resume as estatísticas calculadas considerando as expectativas de mercado coletadas até a sexta-feira anterior à sua divulgação. O relatório traz a evolução gráfica e o comportamento semanal das projeções para índices de preços, inflação, atividade econômica, câmbio, taxa Selic, entre outros indicadores. As projeções são do mercado, não do BC.
Fonte: revistaoeste
