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Agronegócio

‘Mato Grosso pode dobrar cultivo de grãos com plantio em áreas de pasto degradado’

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Mato Grosso, estado que é o maior produtor de soja do Brasil, tem potencial de sobra para ampliar o cultivo de grãos nos próximos anos. É o que afirma Cleiton Gauer, superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), que foi o entrevistado desta semana no programa Direto ao Ponto.

No bate-papo com o apresentador Glauber Silveira, ele destacou que existem em Mato Grosso pelo menos 14 milhões de hectares de pastagens degradadas, com aptidão para serem convertidas em áreas de produção agrícola. O total disponível supera os 11,4 milhões de hectares que atualmente são destinados ao plantio de soja.

Safra de soja em Mato Grosso

O superintendente também analisou o desempenho da safra de soja e da segunda safra de milho deste ano. “Começamos bem. A produção de soja em Mato Grosso estava muito boa até a colheita, quando tivemos problemas em algumas regiões. Isso acabou trazendo reflexos de qualidade e de perda para alguns produtores. Mas, no geral – quando olhamos para o volume produzido – estamos falando em torno de 40 milhões de toneladas de soja”, diz.

Esse resultado, segundo Cleiton Gauer, também é consequência direta da expansão das lavouras, que ocuparam área recorde este ano.

Milho segunda safra

Já com relação ao milho segunda safra, Gauer comentou que o início foi promissor. A maior parte das plantações foi semeada dentro da janela ideal (que vai até o fim de fevereiro), porém, durante o desenvolvimento dos milharais os problemas surgiram.

“O clima não colaborou pela falta de chuvas e, quando elas voltaram, nós já havíamos consolidado as perdas nas regiões” – Cleiton Gauer, superintendente do Imea

Importação de milho pela China

As expectativas em torno da importação de milho brasileiro pela China também foram destaque durante a conversa. Na avaliação do superintendente do Imea, há uma boa oportunidade.

“Estamos com parte do milho já comercializada, mas o produtor está observando o mercado principalmente nas últimas semanas, por conta da colheita. Essa entrada da China pode ser um importante fator para dar sustentação de preço e dar um up nas cotações que estamos observando. Ainda temos espaço para negociações”, afirma.

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