Duas pessoas ficaram feridas depois do ataque da Rússia ao porto de Kiev, capital da Ucrânia, neste domingo, 3. A ação ocorreu um dia antes de encontro do líder Vladimir Putin com o presidente da Turquia, Tayyip Erdogan.
O encontro servirá para discutir a volta do acordo que permitia a exportação segura de grãos ucranianos pelo mar Negro. Em parceria com a Organização das Nações Unidas, Erdogan foi o mediador do tratado fechado em julho de 2022 para que a Ucrânia pudesse escoar sua produção. O país é um dos grandes exportadores de alimentos do planeta.
Em troca, os russos receberam garantias de que seus produtos agrícolas também teriam a negociação facilitada pelo Ocidente, apesar das sanções impostas a Moscou devido à guerra. Desde o fim de julho de 2022, a Rússia mantém uma invasão ao território ucraniano.
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O ataque foi uma surpresa depois de uma semana do que parecia uma relativa calma na guerra entre Ucrânia e Rússia. Foram usados 25 drones, sendo 22 deles abatidos, os três que passaram completaram a ação. Alguns navios conseguiram navegar a partir de portos ucranianos sem serem importunados.
Rússia justifica ataque a porto pelo não cumprimento de acordo
O Presidente Vladimir Putin disse que a contrapartida do acordo não foi cumprida. Neste domingo, a assessoria de Erdogan afirmou que tem “grandes e cautelosas esperanças” sobre um avanço no encontro dele com Putin, que vai ocorrer no balneário russo de Sochi.
Será a primeira reunião do líder do Kremlin com um chefe de Estado da Organização para o Tratado do Atlântico Norte, segundo o jornal Folha de S.Paulo. Trata-se do bloco militar ocidente liderado pelos Estados Unidos.
Com o bloqueio quase total a Odessa, Kiev buscou direcionar sua exportação por dois portos do rio Danúbio, Izmail e Reni, contando com a proximidade de poucas centenas de metros da Romênia, um membro da Otan e da União Europeia.
O Ministério da Defesa da Ucrânia não detalhou qual dos dois portos foi atingido, mas a imprensa local relatou explosões em Reni.
Fonte: revistaoeste