Generosidade, empatia e extrema solidariedade marcam a vida de um idoso que ao completar 100 anos pediu 50 cestas básicas de aniversário. O inusitado é porque o centenário diz que tem tudo e não precisa de nada, então decidiu ajudar aos mais necessitados. Também afirmou que a festa de aniversário era para comemorar as coisas boas que viveu.
Seu Joaquim Alves Moreira, que mora em Campo Mourão (PR), é um exemplo a ser seguido. Lúcido e preocupado com as questões sociais, o idoso acredita que todos devem fazer algo para melhorar o mundo.
Sorridente, ele esbanja vitalidade. E para comemorar os 100 anos, o idoso organizou tudo como queria: o presente em forma de cestas básicas, doadas para a Casa de Apoio ao Doente de Câncer de Campo Mourão e o Albergue dos Franciscanos.
Festa do Centenário
Seu Joaquim ficou à frente dos detalhes da festa de 100 anos do aniversário.
O idoso chamou o buffet favorito e a banda, que tocou músicas de Gino e Geno, que tanto gosta.
Também avisou que de presente queria apenas cestas básicas, nada mais.
Foi entregar pessoalmente
Aproximadamente 200 convidados compareceram entre amigos e parentes.
Seu Joaquim pagou tudo e disse que o festão é uma celebração à vida e aos tempos pelos quais passou dificuldades.
Detalhe: depois da comemoração, o idoso fez questão de entregar as doações pessoalmente na Casa de Apoio ao Doente de Câncer de Campo Mourão e ao Albergue dos Franciscanos.
A vida à maneira dele
Ele costuma contar que jamais bebeu ou fumou, também disse que não foi “bagunceiro”.
Nascido e criado no campo, na Bahia, com nove irmãos, aos 7 anos, começou a trabalhar: plantava milho e algodão. Nunca mais parou exceto quando se aposentou já idoso.
Seu Joaquim aprendeu a ler e escrever. “Eu não tinha medo da professora, não. Tinha do meu pai. Ficava com medo dele tirar minha lição e eu não saber nada. Então eu saí da escola”, afirmou.
Leia mais notícia boa
Amor eterno
Aos 19 anos, Seu Joaquim casou com Dona Zulmira, uma prima de primeiro grau. Tiveram oito filhos, dois morreram.
“Um primo meu não quis se casar com ela. Era uma ‘muié’ brava. Então eu casei”, disse o idoso aos gargalhadas.
Dona Zulmira morreu há 24 anos e Seu Joaquim não quis mais casar.
“Eu a amava demais. Às vezes choro lembrando dela. Sonho muito. E quando acordo e vejo que ela não está na cama, fico triste. Foram 53 anos ao seu lado”, lamentou.
Morando com a filha, Maria Zélia, de 73 anos, o idoso tem a ajuda de uma neta, Solange.
“Tenho a missão gratificante de colaborar com os dois. Joaquim é uma pessoa generosa. É puro de coração. E não para”, lembrou a neta.
Com informações de Midia Sudoeste e da Tribunadointerior
Fonte: sonoticiaboa