Em Pequim, inundações descritas como devastadoras testam — e muitas vezes reprovam — os esforços da China para desenvolver “cidades de esponja”. Essas regiões deveriam ser capazes de lidar melhor com as chuvas extremas.
Nas cidades de esponja, a China substituiu os materiais comuns de estradas, calçadas e telhados por materiais naturais. O objetivo seria absorver melhor a água.
O Partido Comunista também passou a dar mais espaço para corpos d’água, como lagos, para ajudar a absorver a água da chuva.
Cidades esponja: 33 pessoas morrem em inundações de Pequim
O projeto das cidades de esponja parece não surtir efeito na China. Ao menos 33 pessoas morreram em inundações, causadas pelas grandes quantidades de chuva na capital do país, nas últimas semanas.
As enchentes também destruíram dezenas de milhares de casas e fecharam o Aeroporto Internacional de Pequim Daxing, segundo mais movimentado da cidade.
Dentro do projeto das cidades de esponja, a China desenvolveu o Aeroporto de Daxing, descrito por seus construtores como “aeroporto esponja”. Ele tem o maior terminal aeroportuário de estrutura única do mundo, com uma área de mais de 1 milhão de metros quadrados.
Inaugurado meses antes da pandemia de covid-19, o aeroporto foi equipado com plantas no telhado para absorver a chuva. Também tem um enorme pântano e um lago artificial do tamanho de mais de mil piscinas olímpicas, de acordo com o site Um Só Planeta.
Porém, apesar dessa estrutura, as pistas do aeroporto esponja ficaram inundadas em 30 de julho. Mais de 50 voos foram cancelados.
Especialistas disseram que as enchentes mostram o progresso limitado das cidades de esponja da China. O país comandado por Xi Jinping vai investir US$ 1 trilhão nesses projetos até 2030.
Fonte: revistaoeste