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Especialistas esclarecem a ‘Síndrome do Pôr-do-Sol’: entenda o fenômeno e seus impactos

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“Síndrome do Pôr-do-Sol” — ou Síndrome do Crepúsculo — é um termo empregado para descrever a tendência que algumas pessoas têm de se sentirem mais confusas à medida que a noite se aproxima. Porém, de acordo com os cientistas, só as pessoas portadores de demência apresentam tal tendência.

Sintomas

Os portadores da síndrome podem apresentar os seguintes sintomas: agitação, ansiedade, confusão, andar de um lado para outro e até seguir outra pessoa. No entanto, a manifestação desses sintomas está em função do grau de demência, da personalidade do paciente e de seus padrões de comportamento anteriores. Os pesquisadores dizem ainda que gatilhos psicológicos também podem despertar os sintomas da doença.

Redução dos cinco sentidos

A interpretação que fazemos do mundo depende, naturalmente, dos nossos cinco sentidos. É por meio deles que o cérebro humano capta as informações do ambiente. Os principais sentidos são a visão e a audição. À medida que a luz diminui, ao cair da tarde, também diminui a quantidade de informações sensoriais disponíveis para auxiliar o portador de demência a interpretar o mundo.

Daí que o impacto no cérebro que já tem dificuldades para processar as informações sensoriais do ambiente pode ser imenso. O resultado é um aumento da confusão e, consequentemente, de comportamentos inesperados.

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A Síndrome Do Pôr-Do-Sol Afeta As Pessoas Com Demência. Reprodução/Pixabay

Cérebro cansado

Alguns especialistas sustentam a ideia de que nós só usamos parte da energia cerebral para realizar a maioria das tarefas do dia a dia. Assim, essa reserva cognitiva pode ser aplicada quando surgir a necessidade de realizarmos tarefas estressantes ou complexas.

Mas o que pode acontecer se você não tiver reserva de energia cerebral? Condições de demência, como o Mal de Alzheimer, por exemplo, podem implicar o esgotamento da nossa reserva cognitiva. Assim, os portadores de demência tem de fazer um esforço mental maior a fim de interpretar as informações do cotidiano.

Para um ser humano normal, é natural a sensação de esgotamento mental depois de um dia de trabalho intenso, na resolução de problemas complexos, por exemplo. Porém, os portadores de demência têm de fazer um esforço mental similar a fim de cumprir as tarefas mais fáceis do dia.

O que fazer?

Para reduzir o estresse que a Síndrome do Pôr-do-Sol provoca nos portadores de demência, os cientistas fazem algumas recomendações: maximizar a iluminação das casas dos doentes, principalmente durante a tarde e a noite, a fim de auxiliar o paciente a melhor interpretar as informações sensoriais.

Uma siesta, a tradicional soneca pós almoço, segundo os especialistas, também pode ajudar o cérebro a recarregar, aliviando assim a fadiga cognitiva. Contudo, não é recomendável a substituição de uma avaliação mais abrangente, que contemple outras causas que implicam a alteração do comportamento.

Fonte: revistaoeste

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