O fim do pregão de quarta-feira 16 foi responsável por marcar um recorde negativo na Bolsa de Valores do Brasil, a B3. Pela primeira vez de sua história, o índice Ibovespa registrou 12 quedas consecutivas.
Com os números de ontem, a sequência negativa da vez superou o que ocorreu entre janeiro e fevereiro de 1984. Na ocasião, o Ibovespa, principal índice da B3, contou com uma série de 11 baixas seguidas.
Na quarta, o Ibovespa fechou aos 115.591 pontos, com queda de 0,5% na comparação com o pregão de terça-feira. Na parcial, o mês de agosto registra uma baixa de 5,21%, até o momento.
A piora nas ações da Eletrobras coincidiu com a notícia de que a Procuradoria-Geral da República (PGR) opinou pela derrubada do trecho da lei de desestatização da Eletrobras que reduziu o poder de voto da União, em proposta encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF) nessa quarta. Em junho, o governo federal entrou com uma ação para questionar a constitucionalidade do trecho da lei que trata dessa redução.
O aumento do ruído político em torno da Eletrobras ofuscou a alta de 3% nos papéis da Petrobras. Investidores estão em alerta depois do pronunciamento de Jean Paul Prates, presidente da companhia, na Comissão de Infraestrutura do Senado. Na ocasião, ele negou qualquer interferência política dentro da petrolífera em relação ao controle de preços dos combustíveis.
Recorde negativo do Ibovespa e ata do Fed
A 12ª queda seguida do Ibovespa já era esperada por agentes do mercado, em decorrência da divulgação da ata do Federal Reserve (Fed), o banco central norte-americano, referente à última reunião de política monetária. Os dirigentes do Fed avisaram que irão manter os juros altos até a inflação retornar a meta de 2% ao ano.
O cenário externo segue trazendo apreensão ao investidor, já que os dados de atividade da China seguem muito fracos e as incertezas em relação aos juros nos Estados Unidos avançam.
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Fonte: revistaoeste
