O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), fechou em queda de 0,55%, aos 116.171 pontos, na terça-feira, 15. Um dos principais motivos se dá pelo anúncio do reajuste de preços da gasolina e do diesel por parte da Petrobras, além de notícias do cenário externo.
Essa queda registra a pior sequência do índice desde o período, também de uma série de 11 quedas, entre o fim de janeiro e o começo de fevereiro de 1984.
O aumento dos combustíveis pode dar fôlego às ações da Petrobras, que fechou o pregão em alta, entretanto especialistas elevaram as suas perspectivas de inflação. O atrito político entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, também causou repercussão negativa aos investidores.
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No cenário internacional, os dados da economia chinesa vieram abaixo do esperado e aumentaram as preocupações de uma recessão econômica na segunda maior economia do mundo. Por lá, a expectativa do varejo era de uma alta de 4,4%, mas registrou um crescimento de 2,5% em julho, comparado ao mesmo mês de 2022. A indústria teve alta de 3,7%, na mesma base de comparação, contra os 4,6% esperados.
Ibovespa, Fed e dólar
A atenção dos investidores também se voltou aos Estados Unidos, que, ao contrário do país asiático, preocupou por apresentar dados acima do esperado. Com a economia aquecida, gera-se o temor de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) possa ser obrigado a subir mais os juros.
Nesta quarta-feira, 16, o Fed divulgará a ata de sua última reunião. O documento pode trazer sinalizações sobre as próximas movimentações da instituição com relação à política monetária.
O dólar pressionou o real devido à cautela no exterior, com a moeda norte-americana ganhando 0,43% ante a moeda brasileira, a R$ 4,98, conforme o fechamento do mercado de terça.
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Fonte: revistaoeste