A Secretária de Agricultura e Meio Ambiente Patrícia Ferraz acompanhou Geólogos e técnicos do Serviço Geológico do Brasil – SGB/CPRM que estiveram em São José do Rio Claro nas dependências da Escola Municipal José Cesário de Castilho para a perfuração de um poço de monitoramento do aquífero Parecis que abastece toda região rio-clarense e norte do Mato Grosso.
A unidade de São José do Rio Claro fará parte da Rede Integrada de Monitoramento de Águas Subterrâneas – RIMAS, que atualmente conta com 8 poços de observação já em operação e monitorando as variações do nível do aquífero, e se juntará a outros 14 poços novos que serão perfurados no Estado.
O Serviço Geológico do Brasil-CPRM é o órgão que vem realizando estudos hidrogeológicos para os principais aquíferos do país, coordenando e operando a Rede Integrada de Monitoramento de Águas Subterrâneas – RIMAS, com o objetivo de propiciar a médio e longo prazo a identificação dos impactos sobre às águas subterrâneas em decorrência da exploração ou das formas de uso e ocupação de terrenos, a estimativa da disponibilidade do recurso hídrico subterrâneo, dentre outras informações.
A rede de monitoramento tem o propósito de registrar as variações de nível d’água (NA). Instrumentos que permitem o registro automático do NA foram e continuam sendo instalados nos poços de observação e periodicamente é feita a coleta dos dados armazenados, os quais, são submetidos aos processos de consistência e tratamento e posterior disponibilização para consulta e download.
A técnica em geociências e Engenheira Geóloga Tamiris Castro, explica que a escolha dos locais para as unidades de monitoramento é realizada por estudos relacionados ao uso dos recursos hídricos, tais como, consumo humano, agricultura, clima, vegetação e tipos de solo.
Durante a perfuração do poço, são coletadas amostras de material (solo ou rocha) a cada dois metros de profundidade, e após a construção do poço realiza-se o teste de vazão do aquífero, bem como, o nível freático será monitorado por sensor instalado permanentemente dentro do poço e aferido periodicamente pelas equipes do SGB. A rede de poços não tem como objetivo específico a avaliação qualitativa da água subterrânea, porém foi concebido um sistema de alerta e controle de qualidade com medições anuais da condutividade elétrica, pH, potencial de oxirredução além de atender parcialmente aos parâmetros mínimos fixados pela resolução CONAMA Nº 396 para o monitoramento.
Na instalação do poço de observação e a cada cinco anos, ou ainda em casos em que se verifique, a partir dos parâmetros indicadores, variação significativa na química da água, serão feitas coletas para análises físico-químicas completas (relação mínima de 43 parâmetros inorgânicos) com inclusão de orgânicos voláteis e semivoláteis, conforme as condições de uso e ocupação dos terrenos nas imediações da estação.
O programa vem tendo a cooperação com os órgãos gestores estaduais e companhias de saneamento possibilitando troca de experiências e informações, auxílio no planejamento da rede, assimilação de demandas estaduais, otimização dos recursos técnicos, financeiros e humanos, padronização de métodos de coleta e armazenamento e tratamento de dados e obtenção de poços passíveis de serem incorporados à rede.
O programa, de caráter permanente, foi iniciado em 2009 e é mantido através de recursos institucionais. A RIMAS, atualmente, conta com dados de monitoramento de aproximadamente 400 poços (entre perfurados e cedidos) distribuídos pelo território nacional.
Fonte: Assessoria da Prefeitura