A Petrobras anunciou que a partir da quarta-feira 16 vai reajustar o preço da gasolina e do óleo diesel para as distribuidoras. O aumento para a gasolina será de R$ 0,41 por litro, elevando o preço do produto para R$ 2,93, o que corresponde a um aumento de 16,3%. Para o diesel, o aumento será de R$ 0,78 por litro, e o preço do combustível passa para R$ 3,80 para as distribuidoras. Isso perfaz um aumento de 25,8%.
O comunicado foi feito na manhã desta terça-feira, 15, depois de a companhia segurar o preço dos combustíveis por quase três meses. Revendedores já começaram a reclamar da falta de diesel em postos em pelo menos 14 Estados e no Distrito Federal. Com a defasagem do preço do diesel, os importadores deixaram de comprar o produto no exterior.
+ Política de preços da Petrobras causa restrição na oferta de diesel no país
De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicon) a defasagem no preço do diesel chegou a 30%, depois que a Petrobras acabou com a política de paridade de preços e passou a considerar apenas a demanda interna para dar preços aos combustíveis.
Aumento do diesel e da gasolina visa ao reequilíbrio com o mercado, diz Petrobras
Em nota, a Petrobras informou que, no caso da gasolina, considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 2,14 a cada litro vendido na bomba. A estatal diz, ainda, que no ano, a variação acumulada do preço de venda do combustível é uma redução de R$ 0,15 por litro.
No caso do diesel, considerando a mistura obrigatória de 88% de diesel e 12% de biodiesel, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 3,34 a cada litro vendido na bomba. No ano, segundo a estatal, houve uma redução de R$ 0,69 por litro do combustível.
“Destaca-se que o valor efetivamente cobrado ao consumidor final no posto é afetado também por outros fatores como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e da revenda”, afirma a petrolífera.
+ Lucro da Petrobras cai quase 50% com nova política de preços do PT
A Petrobras também menciona, na nota, o fim da política de paridade de preços com o mercado internacional, que serviu para a redução dos preços da gasolina e do diesel e para reduzir os efeitos da volatilidade dos preços externos.
“Importante esclarecer que a implementação da estratégia comercial, em substituição à política de preços anterior, incorporou parâmetros que refletem as melhores condições de refino e logística da Petrobras na sua precificação. Em um primeiro momento, isso permitiu que a empresa reduzisse seus preços de gasolina e diesel e, nas últimas semanas, mitigasse os efeitos da volatilidade e da alta abrupta dos preços externos, propiciando período de estabilidade de preços aos seus clientes”, afirmou a Petrobras.
+ Petrobras repete gestão do governo de Dilma Rousseff
Porém, apesar disso, a alta dos combustíveis é necessária agora, diz a empresa. “No entanto, a consolidação dos preços de petróleo em outro patamar, e por estar a Petrobras no limite da sua otimização operacional, incluindo a realização de importações complementares, torna necessário realizar ajustes de preços para ambos os combustíveis, dentro dos parâmetros da estratégia comercial, visando ao reequilíbrio com o mercado e com os valores marginais para a Petrobras”.
Fonte: revistaoeste