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Carros & Motos

Robôs avançam no setor automotivo: além de frentistas e manobristas, suas funções se diversificam

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Já é uma realidade nas cidades mais avançadas do mundo se deparar com robô que estacionam os carros, ou recarregam as baterias de modelos elétricos e híbridos sem ajuda humana. Na indústria automotiva, a automação está cada vez mais presente e vem batendo recordes ano a ano. O estoque operacional atingiu um novo recorde de cerca de um milhão de unidades. Isso representa cerca de um terço do número total instalado em todos os setores.

A indústria automotiva efetivamente inventou a fabricação automatizada”, diz Marina Bill, presidente da Federação Internacional de Robótica. “Hoje, os robôs estão desempenhando um papel vital em permitir a transição desta indústria de motores de combustão para energia elétrica. A automação robótica ajuda os fabricantes de automóveis a gerenciar as mudanças por atacado em métodos e tecnologias de fabricação há muito estabelecidos”, disse a executiva.

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Metas políticas ambiciosas para veículos elétricos estão forçando a indústria automobilística a investir: a União Europeia anunciou planos para acabar com a venda de veículos que poluem o ar até 2035. O governo dos EUA pretende atingir uma meta voluntária de 50% de participação no mercado de vendas de veículos elétricos até 2030 e todos os novos veículos vendidos na China devem ser movidos por “nova energia” até 2035. Metade deles deve ser elétrico, com célula de combustível ou híbrido plug-in – os 50% restantes, veículos híbridos.

Pensando nisso, fabricantes como a Hyundai vêm investindo em uma espécie de robô frentista. Essa ferramenta promete revolucionar o método de carregamento dos carros elétricos, tornando o processo ainda mais dinâmico, o que se mostra um passo enorme no mercado de inovação e tecnologia desse segmento.

Ele foi criado para tornar o processo de carregamento em eletropostos mais inteligente e dinâmico. Com base em desenvolvimento robótico, a empresa criou uma ferramenta que faz a conexão dos dispositivos de recarga nos EVs e inicia o processo de recarregamento, sem nenhuma interação humana envolvida.

Batizado como ACR (Automatic Charging Robot), o robô-frentista se conecta com o sistema elétrico do carro, “conversando” com o modelo e executando comandos, como o de abrir o compartimento de recarga. O sensor de câmera 3D instalado no ACR escaneia o espaço do compartimento e isso faz com que ele entenda qual é a localização correta da entrada da tomada. O braço do robô faz a conexão da tomada com o carro, que uma vez 100% carregado é liberado para voltar a rodar.

Outra função que tem se tornado cada vez mais comum para robôs é estacionar os carros. Um dos exemplos já em é o modelo da Stanley Robotics que usa a mesma tecnologias de carros autônomos, sendo capaz de escanear o ambiente e reagir imediatamente caso encontre algo no caminho

Além disso, a empresa afirma que o sistema usa o espaço de forma 50% mais eficiente do que se humanos fossem responsáveis pela função. Testes com esses robôs já foram realizados em Dusssseldorf, na Alemanha, nos  aeroportos franceses Charles de Gaulle e Lyon-Saint Exupéry e em diversos estacionamentos na China.

No  caso dos robôs do estacionamento do aeroporto Lyon-Saint Exupéry, existem planos para  expandir o serviço 6.500 vagas e o serviço será uma das opções mais baratas para se deixar o carro no aeroporto. O lote mais em conta e também o mais longe do terminal custa € 54 por dia, enquanto no lote de robôs autônomos são cobrados € 55,80. E o usuário que escolher que manobristas humanos estacionem seu carro perto do terminal, terá que pagar de € 104 para cima.

Se você pensa que as funções dos robôs vão parar por aí, está enganado. Ninguém menos que Elon Musk, o  bilionário dono da Tesla, declarou em uma teleconferência de que o projeto de robô humanóide Optimus é sua prioridade de desenvolvimento de produto. Musk também disse que seu  robô tem  o objetivo de ser capaz de fazer “qualquer coisa que os humanos não queiram fazer”. 

Sobre o quanto deverá custar o robô da Tesla, o CEO da empresa também chegou a declarar que “espera-se que custe muito menos do que um carro” e adivinhou “provavelmente menos de US$ 20.000”. É algo razoável e que aparece em um momento de grandes transformações do setor automotivo no mundo. Vale lembrar que o robô da Tesla é o único fabricado em massa que também pode ser usado em fábricas.

Com isso, a montadora mira ser líder no setor de Inteligência Artificial (IA), não apenas em carros elétricos.De qualquer forma, espera-se os robôs não sejam uma ameaça no longo prazo a vários tipos de empregos, mas soluções para aliviar algumas dos problemas e preocupações da humanidade.

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Fonte: autoo

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