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Análise: The DioField Chronicle é um bom RPG tático

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Um dos destaques entre os lançamentos de setembro, The DioField Chronicle é um jogo que a Square Enix só não chama de Final Fantasy porque não quer. Desde a fonte do título até o visual super estilizado dos personagens e a arte soberba das ilustrações, tudo lembra a principal franquia da produtora nipônica.

O jogo é um RPG tático com uma ambientação clássica de fantasia, mas que troca as batalhas em turnos por combates em “tempo real”. O jogador dá os comandos para suas unidades sem uma pausa na batalha, no máximo uma desaceleração do tempo. Ainda assim, é bem tranquilo de gerenciar a ação – embora baste um descuido para ver seus melhores soldados tombarem e o plano ir pelos ares.

A história é bem previsível: um grupo de amigos entra para um exército de mercenários em busca de fama e fortuna. Rias, Fredret e Izelair são o núcleo central, mas aos poucos o grupo vai crescendo e ganhando novos aliados. Há todo um cenário de fundo e uma história bastante detalhada do mundo do jogo, mas pouco é revelado diretamente na campanha, o que é uma pena.

Muito da diversão vem de encontrar novos recrutas para seu bando e descobrir como encaixá-los na formação para obter o grupo mais forte possível.

Arte incrível, mas…

The Diofield Chronicle apela para os fãs veteranos da Square Enix, principalmente pelo design dos personagens e o estilo da arte, Embora os mercenários usem armaduras e mantos, há um toque vitoriano, quase steampunk, em seus trajes. E alguns usam cartolas, para deixar claro que este não é um mundo medieval.

Por outro lado, nas cenas que não são desenhadas, é possível ver que os modelos dos personagens seguem as mesmas proporções da arte, porém com uma aparência “realista”. O resultado é esquisito. É um mal que a Square Enix sofre em alguns jogos, como Bravely Default e Final Fantasy: The 4 Warriors of Light.

O jogo tem um charme próprio em seus campos de batalha que lembram dioramas. É preciso inclusive ficar sempre de olho no terreno, seja para coletar tesouros ou interagir com estruturas em busca de alguma vantagem.

O que o jogo faz muito bem é simplificar sistemas para tornar a experiência agradável, sem deixar o desafio de lado. É um jogo muito mais atraente para o jogador não acostumado com o gênero do que um Disgaea ou Warhammer Storm Ground, por exemplo – ambos ótimos jogos e altamente recomendados se você jogar The DioField Chronicle e quiser se aprofundar no gênero, fica a dica.

Ainda assim, para quem vai jogar em um console, talvez seja preciso um tempo de adaptação aos controles. É fácil dar ordens gerais, como avançar ou atacar, mas o microgerenciamento das unidades pode ficar confuso quando há muitos soldados lutando embolados. É um sistema de batalha divertido e quando se pega o jeito, é muito legal ver as animações dos golpes especiais das suas unidades.

Considerações

The DioField Chronicle não tem uma trama super elaborada e em muitas ocasiões seus controles parecem um pouco confusos, mas o jogo se sustenta com as batalhas táticas e a arte belíssima, tanto nas ilustrações quanto nos cenários. Os combates são muito legais, especialmente depois que o jogador adquire mais unidades.

O game certamente vai agradar quem busca um bom RPG tático e aos fãs de Final Fantasy, que vão enxergar aqui um estudo, talvez um aquecimento, para trazer Final Fantasy Tactics de volta ao campo.

The Diofield Chronicle está disponível para PC, PS4, PS5, Switch, Xbox One e Xbox Series X/S.

*Esta análise foi feita no PlayStation 5, com uma cópia do jogo gentilmente cedida pela Square Enix.

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