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Uruguai inaugura nova prisão inclusiva para pessoas trans

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Para lidar com o alto número de mulheres presas, o Uruguai anunciou a construção de uma penitenciária feminina. A nessa história é a seguinte: haverá um espaço exclusivo para trans, que não ocorreu em outros períodos da história daquele país.

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“É uma boa notícia para uma população muito vulnerável”, disse o comissário parlamentar para o sistema penitenciário, Juan Miguel Petit, à agência de notícias AFP. O número de mulheres presas no Uruguai quintuplicou nas décadas recentes.

O novo presídio será erguido no bairro Punta de Rieles, a cerca de 15 quilômetros do centro da capital, . O governo deve concluir a obra em menos de dois anos.

Por que o governo do Uruguai quer construir prisão com ala para pessoas trans?

O país de aproximadamente 3,5 de habitantes possui a taxa de encarceramento mais alta da América do Sul, conforme o banco de dados do World Prison Brief.

A cada 100 mil uruguaios, 408 estão presos. O Brasil aparece na , com taxa de 389 presos a cada 100 mil habitantes. Em números absolutos, quase 15 mil pessoas estão presas naquele país — 13,9 mil homens e 1,1 mil mulheres, aproximadamente.

De acordo com o jornal El País, oito em cada dez mulheres presas têm até 39 anos de idade. Mais da metade está em privação da liberdade por assuntos relacionados ao tráfico de drogas.

A população carcerária inclui 28 mulheres trans e nove homens, conforme o Escritório da Comissão Parlamentar para o Sistema Penitenciário. As 26 unidades de reclusão uruguaias estão superlotadas, com 2,5 mil presos a mais que a capacidade prisional.

A atual situação de presos trans

Uruguai Prisão Trans (Interna)Uruguai Prisão Trans (Interna)
Luis Mendoza É Diretor Do Instituto Nacional De Reabilitação | Foto: Reprodução/Redes Sociais

Quando entra no sistema prisional, a pessoa trans escolhe se pretende ir para a cela de homens ou de mulheres. É o que disse o diretor do Instituto Nacional de Reabilitação, Luis Mendoza, numa audiência parlamentar realizada na quarta-feira 26.

Apesar de oficialmente não existir locais específicos para pessoas trans, parte desse público fica em espaços separados nos presídios.

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Fonte: revistaoeste

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