A BYD está revolucionando o mercado brasileiro com seus modelos de eletrificados. O maior destaque é o BYD Dolphin que no primeiro mês vendeu 3 mil unidades. Mas o hatch de R$ 150 mil pode não ser o carro elétrico mais barato da marca no país.
Isso porque a marca já confirmou a chegada do Seagull em 2024 e se o veículo for produzido aqui, ainda sai mais barato.
BYD Seagull pode ser produzido no Brasil e ser o carro elétrico mais barato do país
O Dolphin atualmente só não é mais barato por dois outros concorrentes: Chery iCar e Jac E-JS1, ambos vendidos por R$ 139.990. Mas com o Seagull, hatch um pouco menor que o Dolphin, as coisas vão mudar, principalmente se for produzido aqui.
A marca chinesa recentemente comprou a fábrica de Camaçari-BA e juntamente com duas outras unidades, deve fechar três no país. Nelas vai produzir carros, ônibus e baterias, assim os modelos devem ficar mais acessíveis.
A produção nacional reduz os custos de importação da empresa. Dessa forma, veículos como o Seagull, vendidos na China a preços populares 73,800 yuan (o que equivale a 10.690 dólares ou R$ 55 mil na conversão direta.
Por aqui, ele não deve chegar perto desses R$ 55 mil, mas torcemos para seu preço seja inferior a R$ 100 mil.
O BYD Seagull
O BYD Seagull faz parte da linha Ocean, mas está posicionado abaixo do Dolphin e Seal. Enquanto Dolphin está mais no estilo HB20, enquanto o Seagull está mais para um Mobi ou Kwid (só que um pouco maior). Ele mede 3,78 m de comprimento (10 cm a mais que o Kwid), 1,71 m de largura, 1,54 m de altura e 2,50 m entre-eixos.
É equipado com motor elétrico de 55 kW (74 cv) de potência e 13,7 kgfm de torque. A bateria é do tipo Blade de 30 kWh ou 38,8 kWh, cuja autonomia é de 305 km ou 405 km pelo ciclo chinês, respectivamente.
Quanto ao design, não surpreende muito, mas também não decepciona. É até bem moderno e lembra um pouco o VW Up por conta das linhas mais retas e fluidas.
No interior, o visual também é moderno e clean. O destaque fica por conta do quadro de instrumentos totalmente digital e uma tela de 10,8″ (giratória) para o sistema de infoentretenimento.
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Possível taxação de carros elétricos importados
Se depender da Abeifa, a associação das marcas de importados, cobranças podem voltar ainda em 2023. Conforme apurou a Autodata, a associação propôs ao governo taxar os modelos importados em 2% para eletrificados e 4% para híbridos, mas pode ser maior em veículos menos eficientes.
Entretanto, há um teto de 20%, percentual abaixo dos 35% cobrados para a maior parte dos importados, com exceção daqueles produzidos no Mercosul e no México. Estes têm taxas menores devido a acordos comerciais com o Brasil.
O presidente da Anfavea também se manifestou em fevereiro sobre o tema em coletiva de imprensa. Márcio de Lima Leite afirma que não ter uma data para acabar é uma decisão que prejudica a produção de veículos elétricos no Brasil.
Lima Leite defende a nacionalização da produção de carros elétricos no país. No Congresso Perspectivas 2023, realizado pela editora AutoData em outubro do ano passado, ele enfatizou:
“Como todos os elétricos hoje são importados significa dar a eles um subsídio de 35% [a alíquota aplicada a automóveis só com motor a combustão], e isto desagrada nossa indústria”.
Fonte: garagem360.com.br